Institucional

Fundep assume coordenação executiva da Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica

​ Nova governança será celebrada em evento on-line, nesta quarta-feira

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A PNME visa estimular o crescimento da inserção da mobilidade elétrica em atividades produtivasFoto: Freepick

A Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) – iniciativa conjunta de importantes atores nacionais de mais de 30 instituições que envolvem o governo, a indústria, a academia e a sociedade civil – celebra nova etapa de sua governança em evento on-line que será realizado nesta quarta-feira, 5 de julho, a partir das 10h. Na ocasião, o Instituto Clima e Sociedade (iCS) vai transferir a gestão da PNME à Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), que assumirá a coordenação executiva da plataforma.

A plataforma era organizada em grupos de trabalho que tinham como objetivo discutir de maneira específica temas como eletrificação de ônibus, de bicicletas e a infraestrutura e conectividade, com assessoria de uma comissão de ciência e tecnologia. Até dezembro de 2024, a coordenação executiva da plataforma será exercida de forma centralizada pela Fundep, que dispõe de um time dedicado composto de profissionais de múltiplas áreas, incluindo gestão, captação e advocacy.

Além desse time dedicado, a PNME passa a contar com a área de suporte da Fundep, formada por apoio jurídico, de compras, prestação de contas, gestão de pessoas, comunicação e marketing, entre outros.

Agilidade e diversificação
O propósito da PNME, estabelecido quando de sua criação, em 2018, mantém-se inalterado. A plataforma visa fomentar o mercado, estimular o crescimento da inserção da mobilidade elétrica em atividades produtivas, propor instrumentos de política pública e regulação e criar competências em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

“Pretendemos aplicar a expertise da Fundep na gestão de projetos para dar ritmo e suporte ao dia a dia das atividades do secretariado da PNME, proporcionando maior dinâmica e consistência nas atuações”, explica o professor Jaime Arturo Ramírez, presidente da Fundação.

Com a mudança, o Instituto Clima e Sociedade, que estava à frente das atividades da PNME, mantém-se como parceiro e financiador. Também caberá à Fundep a captação de recursos adicionais, com o objetivo de tornar a PNME uma financiadora de projetos e iniciativas do setor.

'Embaixadores'
A Comissão de Ciência e Tecnologia da Plataforma, que está mantida, reúne representantes de laboratórios de pesquisa e de instituições de ciência e tecnologia de todo o país, com participação de pesquisadores brasileiros e estrangeiros que se dedicam ao tema da mobilidade elétrica. Além de prestar apoio técnico e científico à PNME, a comissão será responsável pela curadoria das discussões temáticas e pela proposição de projetos de pesquisa e inovação.

A coordenação executiva também será apoiada por um grupo de “embaixadores da PNME”, formado por Marcel Martin, que esteve à frente da PNME pelo Instituto Clima e Sociedade, Edgar Barassa, que atua nas áreas de mobilidade elétrica, energias renováveis e tecnologias emergentes verdes de baixo carbono, Flávia Consoni, professora do Programa de Pós-graduação em Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Unicamp, Marcus Regis, gestor de projetos de cooperação internacional, e Silvia Barcik, há mais de 25 anos executiva na indústria da mobilidade.

“O time de embaixadores se soma ao de advocacy para interlocução com o governo e para apoio e representatividade no ecossistema de mobilidade elétrica. Soma-se também ao conselho consultivo, formado por representantes da tríplice hélice que têm a eletromobilidade em sua pauta de atuação de maneira direta ou indireta, de modo a impactar cada vez mais o ecossistema da mobilidade e viabilizar um Plano Nacional de Mobilidade Elétrica e Sustentável para o país”, explica a gerente de Prospecção e Oportunidades da Fundep, Janayna Bhering.

O coordenador do iCS, Marcel Martín, relembra que a PNME começou como um projeto incubado pelo instituto em parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ). Ao longo dos anos, essa parceria foi se modificando, e a plataforma ganhou autonomia. Na avaliação de Martín, trata-se de um passo importante na caminhada da PNME.

“A Fundep, importante parceira da plataforma desde seu início, assume a liderança da iniciativa. Vislumbramos dessa forma uma longa vida ao projeto e buscamos maior conexão entre pesquisa e indústria e maior diálogo com o governo federal, para que a agenda de eletromobilidade avance no Brasil e para garantir que o setor de transporte contribua para que o país alcance sua Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC) ao Acordo de Paris", avaliou.

Cenário
Em maio deste ano, foi registrado, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), número recorde mensal de emplacamentos de veículos leves eletrificados – foram cerca de 6,5 mil registros. A associação também estima que mais de 100 mil veículos (automóveis e comerciais leves) elétricos e híbridos, emplacados entre 2012 e o primeiro semestre de 2022, estejam em circulação no Brasil.

Em relação à infraestrutura, 1.250 pontos de recargas públicas e semipúblicas foram registrados em todo o Brasil em 2022, um crescimento de 453% em relação a 2019, quando havia 226 pontos. De acordo com o Anuário Brasileiro da Mobilidade Elétrica, esses postos ainda estão concentrados principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

Esse cenário estará em discussão no primeiro evento PNME realizado sob gestão da Fundep. A atividade, que poderá ser acompanhada pelo YouTube, será aberta pelo secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, com participação de todos os embaixadores da PNME. As inscrições podem ser feitas pela plataforma Sympla, onde também está disponível a programação.

Assessoria de Comunicação e Marketing da Fundep