Ensino

Matheus Leitão fala na UFMG sobre livro que narra tortura sofrida pelos pais durante a ditadura

Matheus Leitão recebeu importantes prêmios como jornalista
Matheus Leitão recebeu importantes prêmios como jornalista Arquivo pessoal

O Projeto República, núcleo de pesquisa, documentação e memória vinculado ao Departamento de História da UFMG, promove, nesta quinta-feira, 8, uma conversa com o jornalista Matheus Leitão, autor do livro Em nome dos pais, que conta a história dos pais presos e torturados durante o regime militar brasileiro. O evento Encontros com a República será realizado a partir das 14h, na Sala da Congregação da Fafich, campus Pampulha.

Publicado pela Editora Intrínseca, Em nome dos pais é o primeiro livro do jornalista. Movido pela curiosidade de compreender o passado, ele passou a recolher retalhos de uma história iniciada em 1972, no Espírito Santo, quando os pais, os jornalistas Marcelo Netto e Míriam Leitão, militavam no PCdoB. Delatados por um companheiro, foram presos e torturados. Na ocasião, Míriam estava grávida de Vladimir, o primeiro filho do casal.

A obra, que reconstitui fatos do início dos anos 1970, apresenta a peregrinação do autor pelo Brasil atrás de respostas, que começa pela busca do delator e seguem com a localização dos agentes que teriam participado das sessões de tortura de seus pais.

Matheus Leitão Netto nasceu em Brasília, em 1977. Especializou-se em jornalismo investigativo e recebeu importantes prêmios da área, como o Barbosa Lima Sobrinho, o Esso, o de Excelência Jornalística da Sociedade Interamericana de Imprensa e menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog. Trabalhou nos jornais Correio Braziliense e Folha de S.Paulo, na revista Época e no Portal iG. Atualmente, edita um blog sobre política e polícia, no portal G1.