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Escritora e tradutora Carolina Nabuco é tema de entrevista no Universo Literário

Romancista, que morreu há 40 anos, é autora de 'A sucessora', livro que nos anos 70 ganhou uma adaptação em novela

Carolina Nabuco é uma das primeiras autoras femininas brasileiras
Carolina Nabuco é uma das primeiras autoras femininas brasileiras Reprodução / Wikipédia

Esta quarta-feira, 18, marca os 40 anos da morte da escritora e tradutora Carolina Nabuco. Além de ser uma das primeiras mulheres a atuar profissionalmente na área da literatura, tendo iniciado a carreira na década de 30, Nabuco publicou, em vida, quase uma dezena de livros e alcançou sucesso nacional com seu primeiro romance, A Sucessora, lançado em 1934. 

O livro foi alvo de um debate internacional por suas semelhanças com o também romance Rebecca, da inglesa Daphne du Maurier, publicado um ano depois. A publicação foi, inclusive, adaptada para os cinemas por Alfred Hitchcock. Apesar das acusações de plágio, Nabuco não tomou medidas judiciais. Em 1978, poucos anos antes de sua morte, a escritora recebeu o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra, que também inclui sucessos como Chama e Cinzas e a coleção de contos O Ladrão de Guarda-Chuva e Dez Outras Histórias.

Nesta quarta-feira, 18, o programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, convidou o professor Marcelo Medeiros da Silva, doutor em Literatura e Cultura e pesquisador da obra de Carolina Nabuco e docente da Universidade Estadual da Paraíba, para falar sobre a vida e o legado da escritora. 

“Não é, simplesmente, por ter sido escrita por uma mulher que uma obra deve ser lida, mas é pela visão que a obra apresenta do nosso país e da nossa cultura. Carolina Nabuco faz parte de um momento muito importante na trajetória de escrita de autoria feminina, que é justamente o momento em que as mulheres estão tendo a possibilidade não só de escrever, mas de publicar. Essa inserção foi difícil por questões de ordem social e cultural, considerando que durante muito tempo foi proibido o direito à educação às mulheres. E, mesmo dentre as mulheres que tinham educação, escrever era entendido como um ato subversivo”, explicou.

Ouça a entrevista com Marcelo Medeiros da Silva no Soundcloud.

Produção: Carlos Ortega e Marden Ferreira, sob orientação de Luíza Glória
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael