Ensino

FaE recebe Altaci Kokama, da UnB, para debater fortalecimento das línguas indígenas

Coordenadora de Articulação de Políticas Educacionais do Ministério dos Povos Indígenas, professora vai ministrar palestra na quarta, dia 8, e conduzir roda de conversa, na quinta, 9

Altaci Kokama Rubim é representante dos povos indígenas da América Latina e Caribe no grupo de trabalho mundial da Década Internacional das Línguas Indígenas da Unesco
Altaci Kokama Rubim é representante dos povos indígenas da América Latina e Caribe no grupo de trabalho mundial da Década Internacional das Línguas IndígenasFoto: Luis Gustavo Prado | Secom UnB

A professora Altaci Kokama Rubim, da Universidade de Brasília (UnB), também coordenadora geral de Articulação de Políticas Educacionais do Ministério dos Povos Indígenas, é a convidada do projeto Quarta na Pós, amanhã, 8 de maio, às 14h, no auditório Neidson Rodrigues da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG. A atividade é aberta ao público, sem necessidade de inscrição prévia. 

Representante dos povos indígenas da América Latina e Caribe no grupo de trabalho mundial da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a professora fará uma palestra sobre o papel da universidade no fortalecimento dessas línguas.

'Momento ímpar'
O convite para a participação no Quarta na pós foi feito pela Formação Intercultural para Educadores Indígenas (Fiei) e pelo Programa de Pós-graduação Conhecimento e Inclusão Social em Educação, da FaE. Para a professora Vanessa Sena Tomaz, coordenadora do colegiado da Fiei, trata-se de “um momento ímpar, de grande relevância para os povos indígenas na UFMG”.

Na quinta-feira, dia 9, a partir das 8h, no auditório Neidson Rodrigues, Altaci conduzirá uma roda de conversa sobre a presença indígena na pós-graduação, também sob a perspectiva da produção acadêmica em línguas indígenas.

“A vinda da Otaci Kokama põe em debate a temática da produção acadêmica em línguas indígenas no âmbito da pós-graduação da FaE, que tem vários estudantes indígenas. Eles podem fazer desde o processo seletivo até seus testes e dissertações em suas línguas. A questão é como isso pode se tornar concreto, de modo a promover um debate mais qualificado sobre a própria política adotada pela Universidade, para que a presença das línguas indígenas seja, de fato, fortalecida”, reflete Vanessa Tomaz.

Trajetória
Docente e pesquisadora do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas da UnB e vinculada ao Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas, Altaci Kokama Rubim é graduada em Normal Superior pela própria UEA e em Pedagogia pela Universidade Leonardo Da Vinci. Ela tem mestrado em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas e doutorado em Linguística pelo Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade de Brasília. Suas áreas de atuação abrangem os temas mapeamento, identidade étnica, índios na cidade, política linguística e, principalmente, elaboração de material didático em língua indígena.