Institucional

Andifes protesta contra orçamento das universidades aprovado pelo Congresso para 2024

Em relação ao orçamento de 2023, corte chega a R$ 310 milhões; reitores pedem recomposição

Bandeira da UFMG apressada em frente ao prédio da Reitoria, no campus Pampulha
Bandeira da UFMG em frente ao prédio da Reitoria, no campus PampulhaFoto: Lucas Braga | UFMG

Os reitores e reitoras das 69 universidades, incluindo a UFMG, e dos dois centros federais de educação tecnológica manifestaram, em nota, “indignação” com o orçamento aprovado pelo Congresso Nacional nesta sexta-feira, dia 22.

No comunicado, a direção da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) afirma que todo o esforço das universidades federais em prol do povo brasileiro não encontra sustentação em orçamento minimamente adequado. Segundo a instituição, o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2024 já prevê um orçamento menor, em valores nominais, do que o montante conquistado em 2023 com a chamada PEC da transição. 

“Mesmo após diversas reuniões da diretoria da Andifes com lideranças do Governo Federal e do Congresso Nacional, a redução se acentuou ainda mais na Lei Orçamentária aprovada, resultando no montante de R$ 5.957.807.724,00 para as universidades federais, ou seja, um valor R$ 310.379.156,00 menor do que o orçamento de 2023”, informam os reitores.

Os dirigentes defendem a “necessidade urgente” de recomposição orçamentária, com acréscimo de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões no orçamento do Tesouro aprovado pelo Congresso Nacional para o funcionamento das universidades federais em 2024. 

Leia a nota, que também foi publicada no site da Andifes.

Nota pública

"A diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que reúne todas as 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica, vem a público expressar a sua indignação com o orçamento das universidades federais para 2024, aprovado pelo Congresso Nacional nesta sexta-feira, 22.

Nos últimos anos, as universidades federais têm enfrentado redução sistemática dos recursos destinados para funcionamento e investimento. Simultaneamente, houve aumento do número de universidades, localizadas principalmente no interior do país, e do número de vagas e de cursos de graduação e de pós-graduação. Além de formar pessoas com excelência reconhecida nacional e internacionalmente, as universidades federais realizam a maior parte da pesquisa do país e têm ampliado cada vez mais a sua atuação na sociedade, como presenciado durante a pandemia de covid-19 e nas diversas ações diretas para a melhoria da vida da população brasileira.

No entanto, todo o esforço das universidades federais em prol do povo brasileiro não encontra sustentação em orçamento minimamente adequado. O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2024 para as universidades federais já continha um orçamento menor, em valores nominais, do que o montante conquistado em 2023 com a chamada PEC da transição, que foi de R$ 6.268.186.880,00. Mesmo após diversas reuniões da Diretoria da Andifes com lideranças do Governo Federal e do Congresso Nacional, a redução se acentuou ainda mais na Lei Orçamentária aprovada, resultando no montante de R$ 5.957.807.724,00 para as universidades federais, ou seja, valor R$ 310.379.156,00 menor do que o orçamento de 2023.

As reitoras e os reitores das universidades federais brasileiras vêm, mais uma vez, destacando a necessidade urgente de recomposição do orçamento das universidades federais para 2024. Após estudos técnicos que consideram a difícil situação econômica do país, reafirmamos a necessidade de acréscimos de, no mínimo , R$ 2,5 bilhões no orçamento do Tesouro aprovado pelo Congresso Nacional para o funcionamento das universidades federais em 2024. Esses recursos são imprescindíveis para custear, entre outras despesas, água, luz, limpeza e vigilância, e para garantir bolsas e auxílios aos estudantes.

Com o objetivo de garantir o cumprimento adequado da missão social, acadêmica e científica de nossas instituições, torna-se imperativo iniciar um processo sustentável e contínuo de reequilíbrio do orçamento das universidades federais.
 
Brasília, 22 de dezembro de 2023.
 
Presidente: Reitora Márcia Abrahão Moura (UnB)
Vice-presidente: Reitor José Daniel Diniz Melo (UFRN)
Vice-presidente: Reitora Lucia Campos Pellanda (UFCSPA)
Vice-presidente: Reitor Sylvio Mário Puga Ferreira ( UFAM)
Vice-presidente: Reitor Valder Steffen Júnior (UFU)"