Institucional

ICA amplia centro de pesquisas e instala plataformas elevatórias

Com participação do reitor Jaime Ramírez e da vice-reitora Sandra Goulart Almeida, inaugurações encerraram recepção de calouros em Montes Claros

Jaime Ramírez, Sandra Goulart Almeida e Leonardo Tuffi  inauguram as instalações ampliadas do CPCA
Jaime Ramírez, Sandra Goulart Almeida e Leonardo Tuffi inauguraram as novas instalações do CPCA Amanda Lelis / UFMG

Investigar as causas e buscar soluções para doenças que atingem espécies vegetais, estudar tecnologias e metodologias para aprimorar o desenvolvimento de pesquisas científicas, analisar a anatomia de espécies nativas do Norte de Minas, entre outras frentes. Tudo isso será viável a partir deste ano, com a ampliação do Centro de Pesquisas em Ciências Agrárias (CPCA) no campus regional da UFMG em Montes Claros.

São 14 novos laboratórios, que compõem o segundo pavimento do CPCA. A obra foi inaugurada nesta segunda-feira, dia 5 de março, pelo reitor Jaime Ramírez, pela vice-reitora Sandra Goulart Almeida e pelo diretor do ICA, Leonardo David Tuffi Santos. O evento encerrou a programação da recepção de calouros, que, durante três dias, promoveu atividades para os cerca de 240 novos alunos da instituição.

Em seu discurso, o reitor Jaime Ramírez destacou que a entrega do CPCA materializa o esforço da UFMG em aprimorar a infraestrutura dos cursos de pós-graduação do ICA. As obras do segundo pavimento do centro de pesquisas foram concluídas com recursos próprios da UFMG. “Sabíamos que sem laboratórios apropriados, sem pesquisa associada ao ensino de qualidade e sem as atividades de extensão que o ICA desenvolve em sua estrutura, nós não conseguiríamos manter o ideal da UFMG aqui no campus regional de Montes Claros. Concluir essa obra, mesmo enfrentando momentos de dificuldade econômica, com recursos próprios, demonstrou que foi uma escolha acertada. Priorizamos aquilo que já estava em andamento”, completou o reitor.

De acordo com Leonardo Tuffi, a estrutura vai atender a uma demanda já existente na Universidade, possibilitando o incremento às atividades de diferentes cursos. “Esse prédio foi idealizado com o objetivo de impulsionar as pesquisas em Ciências Agrárias no campus Montes Claros e no Norte de Minas. Os 14 novos laboratórios estão distribuídos em diferentes áreas, atendendo principalmente aos cursos das áreas de Engenharia Florestal, Engenharia de Alimentos, Engenharia Agrícola e Ambiental e Administração”, informou o diretor.

O estudante de administração Sony Franthiesco Caldeira e a vice-reitora Sandra Goulart Almeida em uma das plataformas elevatórias
O estudante de administração Sony Franthiesco Caldeira e a vice-reitora Sandra Goulart Almeida em uma das plataformas elevatórias Amanda Lelis / UFMG

Acessibilidade
Também nesta segunda-feira foram inauguradas duas plataformas elevatórias, adaptações implantadas para melhorar a acessibilidade no campus. Os dispositivos foram instalados em dois prédios. O primeiro no bloco C, onde estão salas de aula, laboratórios, gabinetes de professores e o auditório de eventos da instituição. O segundo está no prédio da Fundação Universitária Mendes Pimentel (Fump).

A vice-reitora Sandra Goulart Almeida reforçou o compromisso da UFMG em se tornar acessível para o ingresso dos calouros que se candidataram às 700 vagas reservadas para candidatos com deficiência, das 6.339 oferecidas pela UFMG em 2018 por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). Foi o primeiro ano de adoção das cotas pela UFMG, em cumprimento à Lei 13.409/2016. “Faz parte da missão da Universidade ser um espaço de inclusão. Precisamos oferecer às pessoas com deficiência condições para que, de fato, se insiram no contexto de uma universidade pública, gratuita e de relevância”, enfatizou a vice-reitora.

Recepção de calouros
Nos três dias da recepção – 1º, 2 e 5 de março –, os novos alunos foram apresentados às matrizes curriculares de seus cursos e participaram de conversas com professores e representantes de colegiados. Eles também visitaram áreas de ensino e produção no campus, fizeram oficinas práticas e acompanharam exposições sobre alguns projetos de pesquisa e extensão.

Uma das apresentações foi sobre o Sítio de Saluzinho, realizada pela professora Flávia Galizoni e dois bolsistas do projeto. “O projeto mantém forte interação entre pesquisa, ensino e extensão. O foco são a pesquisa e a relação com a sociedade, baseadas na valorização do enorme conhecimento que Montes Claros e municípios do interior detêm sobre a natureza, sobre a gestão dos recursos naturais e, principalmente, sobre a produção de alimentos”, explicou Flávia Galizoni. O projeto é realizado em área de dois hectares dentro do campus, na qual agricultores, professores, alunos e técnicos da UFMG ministram oficinas para estudantes do ensino fundamental da rede pública de ensino.

De acordo com o calouro do curso de Agronomia Gabriel Felix, de 18 anos, a possibilidade de envolvimento nos grupos de pesquisa foi o que mais despertou sua atenção. “Eu me interessei bastante pelos grupos de pesquisa. Percebi que é possível pôr o aprendizado em prática antes mesmo de sair da Universidade. Minha expectativa é a melhor possível; agora começa a cair a ficha de que estou na UFMG”, comentou.

Calouros visitaram algumas áreas do campus Montes Claros
Calouros visitaram algumas áreas do campus Montes Claros Amanda Lelis / UFMG

Atrações culturais
A agenda de recepção também contou com atrações culturais para o acolhimento dos novos alunos. No primeiro dia, a dupla Fabiana Lima e Bruno Andrade interpretou um repertório de músicas brasileiras e regionais. No segundo dia, o aluno do curso de Administração Rojas Willian se apresentou durante a noite.

Na segunda-feira, o grupo de danças folclóricas Zabelê mostrou danças regionais do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha. E três exposições ocuparam diferentes ambientes do campus com fotografias sobre a cultura de Montes Claros, sobre as paisagens e atividades no campus e sobre a cultura indígena Xacriabá.

Grupo Zabelê apresentou danças típicas regionais do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha
Grupo Zabelê apresentou danças típicas regionais do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha Amanda Lelis / UFMG

Amanda Lelis / Cedecom Montes Claros