Começou a circular nesta quarta-feira, 2, a nova cédula de R$ 200. Estampada por um lobo-guará, a nota foi apresentada, no início da tarde, pelo Banco Central. A cédula é a sétima da família de notas do Real. Até dezembro deste ano, devem ser produzidas, pela Casa da Moeda, 450 milhões de cédulas do novo valor, sob encomenda do Banco Central.

O anúncio da nota de R$ 200 suscitou diversas reações na internet. Entre elas, houve um alarde muito grande entre as pessoas, em especial entre as mais velhas, que se lembram dos anos 1980 e 1990 mais vividamente, período marcada pela hiperinflação e pela desvalorização das muitas moedas lançadas na época. 

Em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta manhã, o professor Fernando Ribeiro, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), e sócio-consultor da Urbana Consultoria em Desenvolvimento Econômico e Social, falou sobre a nova cédula e sobre os impactos dela para a economia brasileira.

Acerca das memórias da hiperinflação, Ribeiro destacou que “a lembrança faz sentido", mas apenas "do ponto de vista subjetivo”, já que“durante os anos 1980 e 1990, a gente teve uma série de seis moedas circulando e cada uma dessas reformas monetárias vinha no bolso com hiperinflações, ou seja, uma série de fracassos para combater a inflação, o que o Plano Real conseguiu com bastante sucesso.”

Fernando Ribeiro esclareceu ainda que a preocupação não faz sentido no momento atual, do ponto de vista objetivo e econômico. “O Brasil está muito longe hoje daquele contexto hiperinflacionário dos anos 80 e 90. Muito pelo contrário: a inflação esperada para este ano deve ficar bem abaixo da média estipulada pelo Banco Central e, no fundo, essa nova moeda em circulação só vem para responder a uma demanda de maior meio circulante na economia por conta da pandemia”, avaliou.

Veja abaixo como é a nova cédula: