Institucional

UFMG e governo de Minas estudam parcerias para impulsionar geração de emprego e renda

Reitora Sandra Goulart Almeida e a secretária de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, reuniram-se nesta terça; objetivo é enfrentar crise provocada pela pandemia

Sandra Goulart e Elizabeth Jucá reunidas no gabinete da reitora:
Sandra Goulart e Elizabeth Jucá reunidas no gabinete da reitora: ações para enfrentar o pós-pandemiaFlávio de Almeida | UFMG

A UFMG e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedese) deverão unir forças para desenvolver iniciativas de empregabilidade e geração de renda que beneficiem populações vulneráveis do estado. Na manhã desta terça-feira, dia 26, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e a secretária Elizabeth Jucá reuniram-se para discutir possíveis parcerias que poderão impulsionar o crescimento social em regiões de baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) em um cenário de pós-pandemia.

De acordo com a secretária, o governo de Minas está estruturando dois grandes programas sociais. Um deles deverá alcançar 73 municípios, em sua maioria em áreas rurais. Outra frente deve contemplar a Região Metropolitana de Belo Horizonte e cidades de grande porte de Minas Gerais. “Há hoje 3,6 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade, número que deve subir para cerca de 5 milhões após a pandemia”, calcula Elizabeth Jucá. Ela explica que as ações vão começar em 28 municípios mais vulneráveis. Ainda de acordo com a secretária, a Grande BH concentra cerca de 1 milhão de pessoas mais suscetíveis à crise econômica provocada pela pandemia de covid-19.

Elizabeth Jucá conta que procurou a UFMG para estabelecer convergências. “Não vamos inventar a roda em áreas onde já existe competência estabelecida”, assinala, acrescentando que também espera suporte da Universidade para monitorar, construir indicadores e avaliar resultados. Atividades como corte e costura e construção civil deverão ser priorizadas. “A ideia é desenvolver ações em que seja possível promover capacitações rápidas para garantir emprego e renda”, destaca.

Possíveis contribuições
Ao colocar a UFMG à disposição da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social para estabelecer ações em conjunto, a reitora Sandra Goulart Almeida citou alguns projetos que poderão incrementar os planos do governo de Minas. “Temos, por exemplo, o Cipmoi [Curso Intensivo de Preparação de Mão de Obra Industrial], um dos nossos programas de extensão mais antigos e que se destina à formação de mão de obra na construção civil”, disse a reitora. Ela mencionou também os cursos ofertados no campus cultural de Tiradentes, na região do Campo das Vertentes, o projeto Participa UFMG, com ações em Mariana e Brumadinho, e a experiência da Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha, organizada pela Universidade há mais de 20 anos e que no ano passado foi realizada de forma remota. “A UFMG desenvolve projetos de extensão em diversas áreas e tem todas as condições de colaborar com a secretaria”, reafirmou a reitora.

As demandas serão encaminhadas aos diferentes setores da UFMG, que mapearão os projetos que poderão ser articulados com a Sedese. A partir daí, especialistas da Secretaria e da Universidade se reunirão para desenhar as ações.