Institucional

UFMG figura entre instituições com produção científica de maior impacto em ranking criado nos EUA

Na edição 2024 de classificação concebida por cientistas de Stanford, que considera citações registradas na base Scopus, Universidade está representada por 56 pesquisadores

Procedimento de pesquisa em laboratório da UFMG
Procedimento de pesquisa em laboratório da UFMG Foto: Jebs Lima | UFMG

Cinquenta e seis pesquisadores da UFMG figuram entre os mais citados em ranking referente a 2024 que mede visibilidade e impacto da produção científica de instituições de todo o mundo. O indicador composto (c), idealizado por pesquisadores da Universidade de Stanford, é um cálculo do impacto das publicações científicas de mais de 200 mil autores em 22 áreas e 174 subáreas do conhecimento.

Segundo o pró-reitor de Pesquisa, Fernando Reis, “é motivo de orgulho saber que a UFMG produz ciência de qualidade, com visibilidade mundial, e que colabora em alto nível com as melhores instituições científicas e tecnológicas do Brasil e do mundo”. Ele observa, contudo, que o método de análise de impacto da autoria proposto pela equipe de Stanford complementa outros indicadores e não deve ser usado isoladamente e tampouco para comparar universidades e centros de pesquisa. “A metodologia não contempla fatores como o tamanho da instituição, o número de pesquisadores em tempo integral e a proporção de pesquisas em cada área e subárea do conhecimento”, justifica.

O indicador composto
Com base no banco de dados Scopus, o ranking considera métricas como o índice H (indicador que quantifica as citações dos artigos mais mencionados de cada autor, avaliando sua produtividade e seu impacto), o índice Hm (índice H ajustado ao número de coautores de cada artigo) e o número de citações para artigos de acordo com a posição de autoria (autor único, primeiro autor e último autor). Com base nesses critérios, é calculado o indicador composto, chamado c-score, que exclui as autocitações. 

A lista dos mais influentes, atualizada anualmente, inclui os 100 mil mais citados em geral e os 2% mais citados de cada subárea, segundo o pró-reitor. "O que distingue o indicador composto de outros indicadores de impacto científico é que ele não apenas conta as citações que os trabalhos receberam em outros artigos, nem se restringe ao índice H, mas também pondera pelo número de coautores e valoriza mais as publicações como autor único, primeiro autor (líder da pesquisa) e último autor (geralmente sênior e supervisor)”, observa Reis.

Na visão de Fernando Reis, a maior utilidade da classificação é propiciar que cada indivíduo conheça seu próprio indicador composto e o compare com a distribuição mundial dos pares na mesma subárea. Por exemplo, se o índice composto é 2,6 e o percentil 90 da sua área é 2,5, o autor está entre os 10% mais impactantes do mundo em 2024. E quem não está na lista pode calcular o seu próprio índice usando a fórmula divulgada”, conclui.

Leia artigo, publicado em setembro, que explica a formação dos indicadores.

Carreira
Além do desempenho referenciado em 2024, o levantamento de Stanford considera a carreira dos principais cientistas do mundo. Neste caso, a lista reúne 53 pesquisadores da UFMG.

Pesquisadores da UFMG listados em 2024
Pesquisadores da UFMG listados pelo seu desempenho na carreira

Teresa Sanches