As bolsas do Programa de Monitoria de Graduação ofertadas pela Pró-reitoria de Graduação passam a contar com novas regras estabelecidas em edital publicado nesta segunda, 2. A partir de agora, departamentos e congregações de unidades acadêmicas devem apresentar projetos com o número de bolsas previstas para os programas de monitoria.

Caso aprovados, os projetos terão duração de dois anos. O número de bolsas ofertadas, cerca de 760, segue inalterado. “Apesar de contarmos com programas já consolidados, recebemos a demanda por parte de estudantes e professores de adaptá-los para as novas realidades da Universidade”, explica a pró-reitora de Graduação, Benigna de Oliveira. Na configuração atual, cada unidade acadêmica conta com cota fixa de bolsas, que são renovadas anualmente. O novo edital prevê maior envolvimento dos estudantes no planejamento das atividades, além de reservar 25% das vagas para políticas de ação afirmativa.

A Prograd tem seis programas de bolsas para estudantes de graduação: de Monitoria da Graduação (PMG), Imersão à Docência (PID-Centro Pedagógico), Especial de Bolsas Acadêmicas para Estudantes dos Cursos Noturnos de Graduação (Pronoturno), de Incentivo à Formação Docente (PFID), de Monitoria do Ensino Técnico (PMET-Coltec) e de Formação em Extensão Universitária – este em parceria com a Pró-reitoria de Extensão (Proex).

O pioneiro Programa de Monitoria de Graduação, que teve início em 1959, operava com modelo aprovado em 2007, que garantia cotas fixas por departamento. Desde então, a Universidade passou por diversas transformações, como o expressivo aumento de cursos promovido pelo Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Brasileiras (Reuni) e a implantação, a partir de 2013, da Lei de Cotas, o que elevou a demanda por redistribuição das bolsas. Segundo relatório da Prograd, o programa contribui com a redução da retenção e evasão nas disciplinas; para os bolsistas, representa a porta de entrada para o trabalho docente e a pesquisa.  

Processo participativo
O Programa de Monitoria de Graduação 2020-2021 é resultado de uma série de rodas de conversa, que envolveu os cerca de 700 estudantes beneficiados em 2018 e mais de 300 professores responsáveis pelas disciplinas atendidas. Uma comissão da Prograd acompanhou as discussões e reuniu subsídios para elaborar o edital. “Percebemos que os estudantes queriam participar mais ativamente do processo de ensino e aprendizagem, colaborando com o planejamento das atividades acadêmicas, e é isso que o novo edital demanda”, afirma a pró-reitora Benigna de Oliveira.

Outra novidade é a avaliação permanente dos processos, que também terá caráter mais participativo. “A ideia é aperfeiçoar o programa com a ajuda da comunidade, de forma permanente”, afirma o diretor de Mobilidade, Bolsas e Estágios da Prograd, João Henrique Lara Amaral. Ele explica que a Pró-reitoria fará acompanhamento contínuo das atividades, que já são avaliadas anualmente na Semana da Graduação, realizada durante a Semana do Conhecimento.

Novo programa
As discussões sobre a reformulação das bolsas ofertadas pela Prograd também resultou na elaboração de um novo programa, o de Desenvolvimento do Ensino de Graduação (PDEG), cujo edital será lançado em breve. Assim como o Programa de Monitoria de Graduação 2020-2021, o PDEG tem foco no protagonismo estudantil: o estudante passa a colaborar com o planejamento do curso. O objetivo é apresentar projetos que visem à inovação pedagógica e à redução da retenção, da evasão e do tempo de integralização dos alunos. O programa está alinhado com as novas Normas Gerais da Graduação, em vigor desde o início do ano.

Avaliação
A reformulação nos programas de bolsas da graduação foi apresentada a diretores de unidades, chefes de departamento, coordenadores de colegiados e dos projetos de monitoria em reunião realizada na tarde da última quarta-feira, 27. O encontro teve participação da reitora Sandra Regina Goulart Almeida, da pró-reitora de Graduação, Benigna de Oliveira, do pró-reitor adjunto, Bruno Teixeira, e do diretor de Mobilidade, Estágios e Bolsas, João Henrique Amaral.

A professora Benigna de Oliveira apresentou dados gerados pelo setor de estatística da Prograd que mostraram uma mudança no perfil discente e tratou de algumas ações realizadas para gerar melhorias no âmbito da graduação, como as assessorias para os cursos, docentes e discentes realizadas pela Diretoria de Inovação e Metodologias de Ensino (GIZ) da Prograd e o Programa de Apoio a Projetos Estruturantes de Laboratórios para o Ensino de Graduação (Paleg 2018).

João Henrique Amaral expôs os resultados da avaliação dos programas de bolsas da graduação, que possibilitaram o levantamento dos pontos positivos e negativos dos programas e, com isso, a definição de aspectos que podem ser melhorados.