Ações públicas com foco no desenvolvimento do Norte de Minas não tiveram resultados efetivos, aponta pesquisa da UFMG

O investimento público em ações desenvolvimentistas no Norte de Minas, incentivado a partir dos anos 2000, não promoveu mudanças na estrutura produtiva da região e nem forneceu apoio suficiente às vocações regionais, contribuindo para a permanência de um modelo de desenvolvimento intervencionista e dependente do Estado. Este é um dos resultados apontados em pesquisa do Mestrado em Sociedade, Ambiente e Território, curso associado entre a UFMG e a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

O estudo tinha como proposta identificar as ações desenvolvimentistas e entender a relevância da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) como fomentadora do processo. Para isso foi realizada ampla revisão literária e pesquisa de campo feita através de entrevistas com empresas de fomente da ótica privada, estadual e federal.

Segundo a autora da dissertação, Virgínia Antunes Nobre Mesquita, foi possível concluir que na região ocorreu apenas um redirecionamento de escala produtiva para alguns territórios de interesse. Ela ressalta a importância de se repensar esse modelo de políticas públicas ou ação desenvolvimentista: "O trabalho (...) percebe a necessidade de um diagnostico na região, onde aborde as especificidades culturais, econômicas, sociais e geográficas, que permita uma criação de políticas públicas muito mais direcionadas e assertivas. Este deveria ser feito continuadamente”.

Saiba mais sobre o estudo em entrevista realizada para o programa Veredas da Ciência, veiculado pela Rádio UFMG Educativa Montes Claros. A reportagem é de Amanda Lelis.

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Estudo aponta que ações públicas com foco no desenvolvimento do Norte de Minas não tiveram resultados efetivos