Adulterações em carnes são identificadas por método desenvolvido pela UFMG em parceria com a PF

Pesquisa apresenta estratégia simples, robusta e de baixo custo, capaz de simplificar as perícias promovidas em operações federais

Pesquisa de doutorado desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Química da UFMG, em parceria com a Polícia Federal, deu origem a um método simples, robusto e de baixo custo para identificação e caracterização de adulteração em carnes bovinas in natura. Segundo a pesquisadora Karen Nunes, o objetivo da pesquisa foi simplificar as perícias promovidas pelos agentes.

A adição de água, sais e outros adulterantes aumenta a capacidade de retenção de água pela carne, propiciando fraude comercial, uma vez que o preço do produto é estabelecido pelo peso. O procedimento já gerou diversas operações da Polícia Federal, entre as quais, Vaca atolada (2012) e Carne fraca (2017).

Detecção de produtos não cárneos
Karen Nunes foi estagiária da Policia Federal no setor de Perícias e, quando começou a desenvolver sua dissertação de mestrado na UFMG, vislumbrou a possibilidade de estudar as adulterações em carnes, em razão da sua atuação na operação Vaca atolada. No doutorado, a pesquisadora deu sequência ao projeto e desenvolveu, com base em dados de espectroscopia de absorção no infravermelho médio e Raman, um método para detecção de produtos não cárneos nas amostras.

Segundo o perito criminal Marcus Andrade, a perícia da PF sempre teve dificuldade técnica de determinar os elementos presentes na carne, na investigação de adulterações. Assim, a pesquisa cumpre os objetivos propostos pela PF e propõe um modelo que possibilita que a perícia seja feita de forma mais rápida e eficaz do que a processada pelo método tradicional. Andrade ressalva que o processo ainda precisa ser refinado para sua aplicação em campo, mas acredita que 90% do trabalho já esteja concluído.

Conheça detalhes sobre a pesquisa em entrevista realizada pela TV UFMG.

Equipe: Frederico Gandra (produção e reportagem), Antônio Soares (imagens), Marcia Botelho (edição de imagens) e Pablo Nogueira (edição de conteúdo).

Assessoria de Imprensa UFMG

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