Biblioteca Central da UFMG recebe novas mudas de papiro
Planta que deu origem ao papel é plantada no lago em frente ao prédio desde os anos 1980
O canteiro do lago da Biblioteca Central da UFMG recebeu, nesta semana, novas mudas de papiro, a planta que deu origem ao papel.
Desde a construção da Biblioteca Central, na década de 1980, é uma tradição plantar papiro naquele local. Como se trata de uma planta aquática – inicialmente encontrada às margens do Rio Nilo, no antigo Egito –, ela morre na época de seca. A doação de uma bibliotecária da unidade ajudou a recompor o tradicional jardim de papiros da Biblioteca, que estava sem a planta havia mais de um ano.
Conhecido desde 40 séculos antes da era cristã, devido à sua flexibilidade e leveza, o papiro era o material de suporte para escrita mais prático da antiguidade. No entanto, tinha dois inconvenientes: resistia pouco tempo à umidade e queimava facilmente.
O mais antigo exemplar remonta à época do faraó Keops, que reinou no Egito há mais de 4.500 anos. O documento menciona os trabalhos de construção da Grande Pirâmide de Gizé, a oeste do Cairo, considerada uma das sete maravilhas do mundo da Antiguidade. Posteriormente, o papiro foi adotado por gregos, romanos, coptas, bizantinos, arameus e árabes. Grande parte da literatura grega e latina chegou até nós em papiros, que continuaram a ser utilizados na Idade Média.
Nas bibliotecas, tanto os rolos de papiro, que podiam chegar a 18 metros de comprimento, quanto os pergaminhos eram guardados em armários com divisórias e organizados uns ao lado dos outros, com etiquetas indicando os títulos.