O Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição coletiva Al-Químicos, nesta sexta-feira, dia 21 de dezembro, às 18h30. A mostra é do grupo de pesquisa e experimentação com processos de fotografia química e poderá ser vista até o dia 03 de fevereiro. Entrada gratuita.

O Centro Cultural UFMG fica na Av. Santos Dumont, nº 174, centro de Belo Horizonte. Mais informações pelo (31) 3409-8280 ou no Facebook do Centro Cultural.

A transição da fotografia de base química para a digital ameaça apagar da face da terra os saberes e fazeres decantados ao longo de dois séculos pela fotografia química. A morte atinge tanto o know-how técnico quanto seus dispositivos sociais e econômicos, casas comerciais e industriais, práticas fotográficas como o álbum familiar, etc.

O grupo de pesquisa e experimentação Al-Químicos trabalha nesse buraco negro que tudo engole, explorando e revivendo processos variados da fotografia de base química, estimulando a proposição de trabalhos realizados com técnicas e processos desse extenso leque de possibilidades.

Tendo como centro de operações o Laboratório de Fotografia de Base Química da Escola de Belas Artes da UFMG, o grupo reúne professores, alunos, funcionários técnicos, fotógrafos e entusiastas, independentes ou de outras instituições, que têm compartilhado e contribuído com seus saberes. Os membros atuantes do grupo neste momento são Adaiany Rodrigues, Adolfo Cifuentes, Angelo Arantes, Cláudio Nadalin e Cleber Falieri.

“Selecionamos alguns dos trabalhos realizados ao longo dos cinco anos de atividades do grupo. A maior parte das imagens foi realizada através de grandes formatos operados em caixa de madeira e em diversos modelos comerciais de antigas câmeras de fôlego. A partir dos negativos obtidos com filmes de raios X, por meio de uma pesquisa pioneira e bem-sucedida, realizamos cópias processadas com cianotipia, papel salgado e com soluções experimentais em nitrato de prata. Esperamos ter conseguido uma mostra de caráter educativo, pois compartilhamos publicamente estas imagens produzidas na escuridão da caixa-preta da câmera, do laboratório químico e diversos processos fotográficos hoje à beira do esquecimento”, diz Adolfo Cifuentes, do departamento de Fotografia e Cinema da Escola de Belas Artes da UFMG.