Cientistas da UFMG constroem aplicativo para proteger acervo de bens culturais móveis

Em parceria com o MPMG, tecnologia criada por pesquisadores do Laboratório Synergia pode ajudar a recuperar acervos culturais do estado

Cientistas do Laboratório de Engenharia de Software e Sistemas (Synergia) do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG, em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), construíram um aplicativo para proteger o acervo de bens culturais móveis: o Sistema de objetos mineiros desaparecidos, recuperados e restituídos - Somdar. O aplicativo, que utiliza tecnologia de ponta, foi lançado na primeira semana de agosto e permitirá que os cidadãos consultem o banco de dados dos bens culturais móveis de Minas Gerais desaparecidos.

De acordo com o MPMG, depois do tráfico de drogas e armas, o comércio ilegal de bens culturais é o que mais movimenta recursos no mundo, sendo responsável por 62% do patrimônio cultural formalmente protegido do país. E Minas Gerais é alvo desse mercado ilícito. Mais de 60% dos bens culturais sacros foram retirados dos seus locais de origem e, por meio desse sistema, a população poderá denunciar furtos, roubos, leilões ilegais, reconhecer bens culturais, enviar arquivos e, assim, colaborar com a proteção e o reconhecimento de bens culturais.

Além disso, o Somdar é uma ferramenta de auxílio em investigações policiais e do MPMG que também contará com o apoio da sociedade para proteger o patrimônio cultural brasileiro. A idealização do sistema foi da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais (CPPC) e, de acordo com o coordenador, promotor de Justiça Marcelo Azevedo Maffra, trará ao usuário a forma simples de complementar as informações do banco de dados que são gerenciadas pelo MPMG e pelas instituições parceiras Iepha (Instituto Estadual de Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico), Iphan (Superintendência em Minas Gerais) e Arquivo Público Mineiro. 

“As informações sobre um bem procurado representam uma valiosa cooperação, pois trazem mais capilaridade e mais conteúdo para o poder público rastrear um patrimônio desaparecido e para restituir ao seu local de origem aquele que foi recuperado”, enfatizou o coordenador da CPPC.

De acordo com o coordenador do Synergia, o professor do DCC Geraldo Robson Mateus, as tecnologias adotadas garantem um alto desempenho no acesso e na gestão dos dados, além de permitir que a população acesse o sistema com facilidade a partir de qualquer dispositivo, estimulando a participação de todos. “A primeira fase terminou, mas já estamos planejando a segunda para darmos continuidade ao desenvolvimento de novas funcionalidades”, concluiu.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa e Comunicação do Departamento de Ciência da Computação da UFMG

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