A Escola de Arquitetura da UFMG promoverá, no dia 29 de outubro, o Colóquio para investigar a emergência urbana, com o tema Como pesquisar as formas de organizações populares hoje?. O evento é gratuito e aberto ao público, sem a necessidade de inscrição prévia.

A programação conta com dois momentos: uma conferência, às 10h, sobre Como pesquisar junto aos movimentos sociais?, ministrada pelo professor Timo Bartholl, do  Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), autor do livro Por uma geografia em movimento: a pesquisa como ferramenta de luta, e uma mesa-redonda, às 18h30, que abordará O que dizer das organizações populares hoje?, com a participação de Timo Bartholl, da professora Rita Velloso, da Escola de Arquitetura da UFMG, e do pesquisador de pós-doutorado Thiago Canettieri, do Instituto de Geociências da UFMG. A mesa-redonda aprofundará um diagnóstico do tempo presente quanto aos movimentos sociais e suas (im)possibilidades do político.

Durante o colóquio, questões sobre como investigar o contemporâneo e como apreender criticamente a realidade serão debatidas. O evento é motivado pela dificuldade de compreender a complexa emergência urbana que se desdobra nos dias atuais, que reflete a necessidade de um trabalho atento para que se possa interpretar o mundo para, assim, transformá-lo.

A organização é dos grupos de pesquisa Cosmópolis e Crises - Crítica, Sociedade, Espaço, com o apoio do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O colóquio faz parte das atividades previstas no projeto Urban Struggles for the Right to the city and urban commons in Brazil and Europe, apoiado pelo convênio Capes/Stint, e conta com pesquisadores do Brasil e da Suécia em uma parceria voltada para o desenvolvimento de pesquisa que visa à compreensão das lutas sociais urbanas.

O intuito é destacar o papel desempenhado pelos movimentos sociais que reivindicam direitos, outras possibilidades e outras formas de existência no urbano, discussão que os organizadores acreditam tornar-se “mais relevante no momento contemporâneo, em que ocorre uma nova rodada de perseguição e deslegitimação desses importantes atores da produção do espaço”.