Com projeto premiado, aluno da Faculdade de Medicina da UFMG busca apoio para erradicação da malária no Congo

O estudante de Medicina da UFMG Louison Mbombo busca parceiras para projeto que visa erradicar a malária até 2030 na República Democrática do Congo. Em 2017, o projeto Preventing Childhood Malaria Death in Rural Gungu, Democratic Republic of Congo foi vencedor da competição de empreendedorismo cidadão da Unesco, com 1º lugar na categoria popular e o 3º geral. Passados dois anos, ele conta os desafios e ações desenvolvidas a partir dessa competição, em que foi possível o tratamento de 30 mil pessoas no país africano.

“25 milhões de pessoas no Congo têm malária. Tratamos só 30 mil” lamenta Mbombo. Por isso, ele faz um apelo aos pesquisadores que estudam a malária para que trabalhem juntos e que ajudem a ONG, na medida do possível, a submeter o projeto a outras organizações internacionais em busca de apoio.

“O projeto teve reconhecimento internacional e tivemos apoio de grandes empresas que estão ajudando a gente, mas o caminho ainda é longo. Por isso, estamos pedindo tanto por voluntários quanto por doações para que até 2030 o Congo seja um país sem malária”, pede Mbombo. “Lançamos a campanha de arrecadação em um site https://www.vakinha.com.br/vaq... que facilita a doação no Brasil”, completa.

“Quando ganhamos a competição, recebemos um certificado da Unesco e nos ajudaram com o business planning (desenvolvimento da viabilidade do projeto). Estamos aguardando o retorno deles para colocá-lo na prática. Do nosso lado, a gente não pode parar: tentamos encontrar novos parceiros”, relata Mbombo, aluno de graduação em Medicina da UFMG.

No ano passado, a ong Solidariedade Na Mokili, fundada por ele e que encabeça o projeto, conseguiu apoio de empresas internacionais para o financiamento de pesquisa com estatísticas da doença e para a divulgação das ações. A meta, agora, é erradicar a malária até 2030 na República Democrática do Congo.

“Inclusive, a erradicação é um dos ‘objetivos sustentáveis’ da ONU para o mundo”, realça o aluno. Para tanto, a ONG realiza ações voltadas para o tratamento e prevenção dos casos de malária, assim com para a capacitação dos que trabalham na área da saúde.

“Lá a saúde é paga, seja a nível público ou privado. Então, muitos pacientes, principalmente os mais vulneráveis — menores de cinco anos e gestantes, não têm como se tratar sem ajuda; um mosquiteiro custa US$ 2,00, sendo que muitos vivem com menos que isso por dia. Imagine”, argumenta Mbombo.

Ações em andamento

Para o tratamento dos pacientes é realizada uma campanha aberta ao público com o objetivo de arrecadar recursos. “Desde então, quando os pacientes vulneráveis chegam ao hospital, a gente consegue, com um dólar de doação para a campanha, diagnosticar esse paciente e tratá-lo sem custos para ele”, explica.

Louison também conta que a ONG conseguiu realizar a capacitação para profissionais de saúde em Gungu – cidade mais pobre do país e foco inicial do projeto – a partir de um hospital de referência. Esse hospital, segundo ele, atua em 12 postos de saúde que atendem a população mais carente.

Já para a prevenção da malária são distribuídos mosquiteiros e realizadas campanhas em rádios informando sobre a doença, medidas de proteção e de saneamento básico.

Outros projetos da ONG

Solidariedade Na Mokili também desenvolve outros projetos articulados com a área da saúde. O termo “Na Mokili” significa “no Mundo”. “Trabalhamos para salvar vidas, derrotar a pobreza generalizada e também fornecemos ferramentas para a mudança sustentável para as pessoas mais vulneráveis à fome, violência e doenças. Todos da ONG são voluntários”, detalha Mbombo.

Segundo ele, os trabalhos em execução envolvem iniciativa contra o vírus Ebola; capacitação profissional de mulheres em zona rural; resgate e cuidados para mulheres e meninas vendidas para o trabalho sexual e afetadas pelo HIV; fornecimento de alimentos para famílias vulneráveis da província de Kasaï, que passa por crise humanitária, entre outros.

Para mais informações ou para se voluntariar, basta acessar https://www.initiativeagainstm...

O email é louisonmbombo@solidariedadenamokili.com

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina da UFMG

(31) 3409-9133 / 3409-9651

www.medicina.ufmg.br

Serviço

Projeto Preventing Childhood Malaria Death in Rural Gungu, Democratic Republic of Congo