Diretoria de Divulgação Científica da UFMG vai receber 100 mil em edital do Instituto Serrapilheira

Aproximar o pensamento científico da criatividade e fomentar a colaboração entre diferentes áreas do conhecimento. Esses são objetivos do Instituto Serrapilheira – primeira instituição privada de fomento à pesquisa no Brasil que financia, desde o ano passado, projetos de pesquisa e divulgação científica. O Serrapilheira selecionou 14 projetos inovadores de divulgadores de ciência que vão receber 100 mil cada um, para iniciar ou aprimorar suas atividades em 2019. Entre os selecionados, há projetos audiovisuais, artísticos, educacionais, jornalísticos e acadêmicos, oriundos de sete estados do Brasil e em diferentes estágios de desenvolvimento. Os requisitos para receber o financiamento eram experiência em divulgação científica e um projeto comparável a boas iniciativas no exterior. 

Da UFMG a proposta selecionada foi a criação do Curso de especialização profissional para divulgadores da ciência, iniciativa da Diretoria de Divulgação Científica (DDC), vinculada à Pró-reitoria de Extensão. Segundo o titular da DDC, professor Yurij Castelfranchi, responsável pela submissão da proposta, trata-se da ampliação da formação transversal em Divulgação Científica, ofertada desde 2016 no currículo da graduação, para um curso de especialização aberto à vários setores da sociedade. 

“A formação transversal em Divulgação Científica já é uma experiência única na América do Sul, de formar de maneira interdisciplinar pessoas já na graduação. O diferencial da nossa proposta é construir uma ponte entre profissionais que estão no mercado, nos setores educacionais, nas ONGs e em vários setores da sociedade juntando com o acadêmico. Queremos fazer um curso que alie o que há de melhor, de mais atualizado no campo acadêmico e no campo profissional, ciência na mídia, ciência em sociedade, participação social em ciência e juntar esses saberes com as práticas mais inovadoras que estão fora da universidade, jornalistas, bloggers, digital influencers e educadores. Queremos juntar essas experiências com a dos jovens cientistas que também querem aprender a fazer divulgação científica e os jovens comunicadores, divulgadores, jornalistas e educadores que querem se especializar. Outro público que pretendemos alcançar são os pesquisadores seniores, já afirmados em suas carreiras que querem construir uma vertente de extensão, de participação social e de engajamento de divulgação científica em sua área de pesquisa, ou profissionais do mercado que querem se fortalecer em divulgação científica. Essa ‘mistura’ pode dar resultados muito poderosos”, afirma.

Outro ponto destacado pelo professor é o investimento em divulgação científica por uma instituição privada. “Acho que é bastante inédito ver um instituto com recursos privados investir num edital tão grande de apoio a essas iniciativas e, além disso, oferecer flexibilidade e desburocratização no uso dos recursos, afinal todo projeto inovador muda ao longo do caminho”, pontua.

Castelfranchi ressalta ainda que esse resultado é fruto de um esforço coletivo. “O projeto nasce das tantas pessoas da equipe da DDC e das pessoas que nesses anos todos se engajaram com a divulgação científica na UFMG e com a própria formação transversal, portanto é fruto dessas ideias coletivas e várias dessas pessoas estarão conosco nessa próxima etapa de construção dessa especialização”, comenta.

De acordo com a pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, “a DDC tem trabalhado nos últimos anos no fortalecimento de uma política de divulgação científica que tenha como interlocutores e alvo de suas ações, tanto estudantes da educação básica, quanto os jovens e as jovens que estão se formando e sendo socializados para o interesse pela ciência e o interesse pela universidade. O interesse pela a ciência exige uma relação dialógica com a sociedade, uma relação também ética e responsável com os diversos setores e a gente entende que a universidade, a academia, a ciência são muito importantes na construção de um país mais diverso onde o exercício da imaginação, da invenção e da criação de solução para os grandes problemas que nos afetam, é uma ação coletiva muito importante. Ser contemplado pelo Instituto Serrapilheira é uma grande alegria e um fôlego para aprofundarmos nesse caminho que temos traçado de fortalecer a divulgação científica na nossa instituição”.

Confira os projetos selecionados:
37 Graus – Sarah Azoubel
Biblioscópio – Fernanda Diamant
Ciente – Hugo Fernandes
Cientista Beta – Kawoana Viana
Computação sem Caô – Ana Carolina da Hora
Cosmos – Carlla Vicna
Data 14 – Sabine Righetti
DDC-UFMG – Yurij Castelfranchi
De Olho nos Corais – Guilherme Longo
Gênero e Número – Giuliana Bianconi
Nexo Jornal – José Orenstein
Numinalabs – Rafael Bento
Silo – Cinthia Mendonça
Sonora – Luisa Puterman

Eles foram escolhidos entre 871 propostas enviadas. Na primeira etapa, que ocorreu em setembro no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, foram selecionadas 50 iniciativas que participaram dos Campi Serrapilheira. Nessa fase a UFMG também foi representada pelo Ideia Real Biolabs, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), coordenado pela professora Liza Gelicori. Trata-se de um laboratório aberto à comunidade que conta com tecnologias e recursos para fomentar o desenvolvimento de projetos e pesquisas de Biologia Sintética e Engenharia.

Assessoria de Imprensa da UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UFMG

(31) 3409-6435

www.ufmg.br/proex

Serviço

Diretoria de Divulgação Científica da UFMG vai receber 100 mil em edital do Instituto Serrapilheira

13 de dezembro de 2018

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