Educadores transformam as mídias sociais em ambientes de aprendizado

Em vídeo da TV UFMG, Débora Aladim, da História, e Nayra Ribeiro, da Medicina, falam de suas experiências no meio digital

As formas de aprendizagem são diversas e, se associadas a instrumentos midiáticos, suas dimensões podem ser expandidas. Nesse sentido, o uso das redes sociais para a produção e veiculação de conteúdos estudantis vem crescendo, comprovando que esses ambientes não se destinam somente ao entretenimento. Segundo o mestre em Educação pela UFMG Petrônio Ferreira, essa movimentação nas redes é muito importante para a atualização do conhecimento. “Se antigamente o quadro [negro] era a tecnologia utilizada no ensino, hoje nós temos muitas outras, e é importante explorarmos todos esses lugares. O uso do espaço digital possibilita mobilizar conhecimentos de maneira rápida para essa nova geração”, afirma.
 
A professora e youtuber Débora Aladim conta como começou a publicar conteúdos na web. “Eu comecei no YouTube em 2013, com 15 anos, por acidente. Fiz meu primeiro vídeo como resumo para estudar para uma prova, mas, como ficou muito longo, não consegui enviar para os meus colegas por e-mail. Assim, postei no YouTube. Muitas pessoas chegaram ao meu canal por esse vídeo e continuei gravando porque gostava e me ajudava a estudar. O canal cresceu mais em 2015, quando eu estava estudando para o pré-vestibular e compartilhava meus resumos e rotina de estudo", contextualiza Débora, que é graduada em História pela UFMG.

Espelhar-se no outro

Também em entrevista à TV UFMG, a estudante de Medicina da UFMG Nayra Ribeiro relata os benefícios das suas incursões nas redes sociais para o próprio aprendizado. “Para fazer um post, um conteúdo, eu corro risco de publicar algo errado, e eu não quero isso. Eu estudo muito antes, reviso, leio um artigo. E isso faz com que eu aprenda mais ainda, porque, quando se ensina, também se aprende", diz.  A estudante conta que seu público no Instagram é muito diverso, e assuntos como a assistência estudantil despertam muito interesse. 

“Certa vez, uma menina me contou que seguia muitos perfis, mas eles mostravam uma realidade que não era a dela. Ela estudava em escola pública, era de baixa renda e não se reconhecia nos perfis. Assim, me pediu para contar a minha história e, quando eu contei, isso a ajudou a ver que, sim, era possível. O intuito mesmo é ajudar as pessoas e também me ajudar revisando assuntos, divulgando minha experiência. Quando eu estava no cursinho, sentia falta de outra pessoa em quem espelhar", afirma.

Débora dá um conselho para quem quer compartilhar conhecimentos: “Recomendo que façam, que comecem [a usar as redes sociais], porque precisamos de mais professores blogueirinhos. É muito legal, nem que seja para compartilhar sua vivência. Acima de tudo, somos pessoas, seres humanos, não somos wikipédias e enciclopédias ambulantes, temos as nossas falhas também", reflete. 

(equipe de reportagem: Miryam Cruz - produção e reportagem, Marcia Botelho - edição de imagens e Naiana Andrade - edição de conteúdo).

Assessoria de Imprensa UFMG

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