Estudantes da Arquitetura da UFMG e moradores fazem mutirão para construir parque no bairro Ribeiro de Abreu

Professores e alunos da Escola de Arquitetura se unem, neste fim de semana, à comunidade do bairro Ribeiro de Abreu em um mutirão para dar continuidade à construção de um parque às margens do Ribeirão do Onça. No sábado, dia 8, e domingo, dia 9 de abril, das 8h às 18h, os voluntários comparecerão à Rua Antônio Ribeiro de Abreu para ajudar a equipe a erguer o espaço. Podem participar pessoas de todas as faixas etárias, com algum ou nenhum conhecimento em construção. Mais informações sobre o mutirão no bairro Ribeiro de Abreu podem ser encontradas na página do projeto Oásis BH no Facebook.

O bairro, na região norte de Belo Horizonte, é atravessado pelo Ribeirão do Onça e sofre com constantes inundações. Os moradores da região reivindicam, há uma década, a criação de um espaço de convivência e conseguiram que a Prefeitura de Belo Horizonte elaborasse um projeto para o local. A Prefeitura chegou a iniciar as obras, demolindo casas que ocupavam área de três mil metros quadrados, mas a construção do parque não foi adiante.

Foi nesse contexto que os professores Adriano Mattos Correa e Roberto Rolim Andrés, da disciplina Oficina de fundamentação e instrumentação, propuseram aos alunos do primeiro período de Arquitetura e Urbanismo a realização do Jogo Oásis, metodologia que favorece a participação direta das comunidades locais em obras de interesse público.

Do olhar à 're-evolução'

O Jogo Oásis foi criado por arquitetos de Santos (SP), que coordenam o Instituto Elos. A ideia é que ele funcione, segundo o site do instituto, como uma “ferramenta de apoio à mobilização cidadã para a realização de sonhos coletivos”. A metodologia se baseia na cooperação de vários atores sociais, como os jogadores, os membros da comunidade local, ONGs e o poder público para a idealização e construção de uma obra pública. Essa ferramenta, que compreende sete etapas – Olhar, Afeto, Sonho, Cuidado, Milagre, Celebração e Re-evolução – já foi utilizada em diversas cidades do Brasil.

“Os alunos vão para o bairro e realizam um processo que envolve mapeamento, diagnóstico, uma conversa com os moradores locais e criação coletiva do projeto de intervenção. Ao fim, estudantes e moradores formam um mutirão para erguer um espaço de convivência social”, explica o professor Roberto Andrés.

A metodologia Oásis vem sendo aplicada no bairro Ribeiro de Abreu por meio de parceria entre os alunos e professores da Escola de Arquitetura, a unidade Oásis BH, o coletivo Micrópolis e a Comupra (Associação de moradores do bairro). “Esse projeto é importante para que os alunos desloquem o olhar do centro para as periferias. É um trabalho de sensibilização aplicada em forma de um jogo, o que favorece resultados rápidos” analisa Andrés.

A estudante Jéssica Campos, do curso de Arquitetura, afirma que o jogo não é apenas uma forma de aprendizado para os alunos: “Queremos mostrar para essa comunidade que ela pode se mobilizar para conquistar o que necessita e não precisa esperar por atitudes de grandes instituições ou do poder público”.

Maquete

Até o momento, a equipe realizou reuniões com a comunidade para conhecer as principais carências – na última delas, uma maquete foi elaborada a partir das sugestões dos moradores. “Precisamos entender o que a comunidade quer para aquele espaço, não podemos simplesmente chegar lá e construir um parque”, justifica Jéssica.

Para executar o projeto, a equipe precisa, além de pessoas dispostas a ajudar, de equipamentos e materiais de construção como areia, cimento, madeiras, cordas, ferramentas, mudas de plantas, pregos e parafusos.

Agência de Notícias UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa da UFMG

(31) 3409-4476 / 3409-4189

www.ufmg.br

Serviço

Estudantes da Arquitetura da UFMG e moradores fazem mutirão para construir parque no bairro Ribeiro de Abreu

Dias 8 e 9 de abril

Das 8h às 18h

Rua Antônio Ribeiro de Abreu, Ribeiro de Abreu - Belo Horizonte