Estudo com participação da UFMG mostra diferença de até 14 anos na expectativa de vida entre cidades latino-americanas

Grupo da Medicina integra consórcio que compara homens e mulheres e avalia impacto das políticas urbanas sobre saúde das populações

Nova pesquisa do projeto Saúde Urbana na América Latina (Salurbal), publicada na Revista Nature, identificou uma grande variação na expectativa de vida e de mortalidade entre 363 cidades da região, em nove países. O estudo, cuja coordenação no Brasil é de responsabilidade de Waleska Teixeira Caiaffa, professora aposentada da Faculdade de Medicina da UFMG, apontou as diferentes causas de morte nessas regiões. Na proporção de mortes por violência por exemplo, houve dessemelhança de até 20%.

O projeto é coordenado por Ana Diez-Roux, diretora da Escola Dornsife de Saúde Pública da Universidade Drexel, na Filadélfia, Estados Unidos. Nacionalmente, além da participação da coordenadora do Observatório de Saúde Urbana de BH (OSUBH), Waleska Teixeira Caiaffa, outras três instituições participam do projeto: USP, Fiocruz Rio e Fiocruz Bahia. Elas se juntam a outras 10 instituições das américas Latina e do Norte, compondo o projeto global.

“Encontramos enorme heterogeneidade entre países e entre as regiões do mesmo país. Se considerarmos a expectativa de vida, por exemplo, houve variabilidade, tanto para homens quanto para mulheres, de até oito anos dentro de um mesmo país e de até 14 anos entre países”, afirma a professora Amélia Augusta de Lima Friche, coautora do artigo e pesquisadora do Salurbal.

“Isso significa que a expectativa de vida pode variar muito dependendo de onde se vive. Encontramos, na América Latina, expectativas de vida muito semelhantes às de países ricos e outras muito próximas às de países pobres ou em guerra”, acrescenta a professora.

Leia a matéria completa sobre o estudo no Portal da Faculdade de Medicina.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

http://www.medicina.ufmg.br/