Estudo UFMG: consumo de álcool fragiliza sistema imune e aumenta risco de doenças respiratórias

Tema de novo episódio do 'Aqui tem ciência', tese do Instituto de Ciências Biológicas mostra como a bebida compromete a ação dos neutrófilos

Pessoas que consomem bebida alcoólica em excesso têm maior risco de contrair doenças respiratórias infecciosas que atingem os pulmões e são causadas por agentes nocivos como vírus, bactérias e fungos. Em tese de doutorado realizada no Programa de Pós-Graduação em Genética, vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, a pesquisadora Nathália Oliveira demonstrou, pela primeira vez, de que maneira o consumo de álcool afeta o sistema de defesa do organismo humano em meio a uma pneumonia.

Por meio de testes em camundongos, o estudo descobriu que o consumo crônico de álcool prejudica a ação das células de defesa, os ‘neutrófilos’, que se tornam menos reativas aos sinais inflamatórios e menos efetivas no combate aos agentes infecciosos. Para saber mais detalhes sobre o desenvolvimento e os resultados do estudo, ouça o episódio 113 do Aqui tem ciência, programa da Rádio UFMG Educativa.

Raio-x da pesquisa

Tese: Avaliação do efeito do consumo crônico de etanol no sistema imune: disbiose, mecanismos inflamatórios e resolução da inflamação durante infecção pulmonar por Aspergillus fumigatus

O que é: pesquisa de doutorado buscou entender por que pessoas que ingerem álcool em excesso são mais propensas a contrair pneumonia, palavra sinônima de “infecção pulmonar”. O estudo mostrou que o consumo crônico de álcool prejudica a atuação das células de defesa, chamadas “neutrófilos”, que se tornam menos reativas aos sinais inflamatórios e menos efetivas no combate aos agentes infecciosos.

Pesquisadora: Nathália Luísa Sousa de Oliveira Malacco

Programa de Pós-Graduação: Genética

Orientador: Frederico Marianetti Soriani

Ano da defesa: 2021

Financiamento: Capes, CNPq e Fapemig

Saiba mais

Alcohol makes immune cells inert, artigo em inglês sobre a pesquisa

Produção

O episódio 113 do programa Aqui tem ciência tem produção e edição de Tiago de Holanda e apresentação de Alicianne Gonçalves. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues.

O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e busca abranger todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados do trabalho de um pesquisador da Universidade.

Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast como o Spotify e vai ao ar no site da emissora e na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG