Estudo UFMG: professoras com deficiência visual estimulam comportamento inclusivo de estudantes

Pesquisador da Faculdade de Educação acompanhou duas docentes de escolas municipais em BH; resultados estão registrados em documentário

A presença de professoras e professores com deficiência em sala de aula pode contribuir para ampliar a noção de inclusão social entre estudantes. É o que mostra uma pesquisa da UFMG que acompanhou duas professoras com deficiência visual em escolas da rede pública municipal de Belo Horizonte. 

Além da observação participante, caracterizada pela realização de entrevistas e coletas de depoimentos das próprias profissionais, o estudo abrange a revisão da literatura, ou seja, o levantamento e análise de outros trabalhos relacionados ao tema. Um documentário, disponível no YouTube, foi produzido com base na pesquisa.

A dissertação foi defendida por Naim Rodrigues no mestrado profissional em Educação e Docência, da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG. O autor observou um comportamento prossocial – conceito elaborado pela pesquisadora italiana Lucia de Anna –, que favorece o processo inclusivo.

A pesquisa mostra, ainda, que existem dificuldades, sobretudo estruturais. Mesmo longe das condições ideais para o trabalho dessas professoras, Rodrigues conclui que a maior participação de profissionais com deficiência no mercado de trabalho, em geral, favorece a inclusão, uma vez que todos, e não apenas as pessoas com deficiência, estão sujeitos a limitações. 

Saiba mais em entrevista concedida à Rádio UFMG Educativa.

Raio-x da pesquisa

Dissertação: O trabalho de professoras com deficiência visual: uma análise político-social da inclusão profissional na rede regular de ensino de Belo Horizonte

O que é: Revisão bibliográfica combinada à observação participante, entrevista semiestruturada e história de vida tópica de duas professoras com deficiência visual da rede pública municipal

Pesquisador: Naim Rodrigues de Araújo

Programa de Pós-graduação: Educação e Docência

Orientador: Charles Moreira Cunha

Ano da defesa: 2020

O episódio 76 do programa Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Alessandra Ribeiro. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues.

O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da emissora apresenta os resultados de um trabalho de pesquisa da Universidade.

Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast, como o Spotify, e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG