Exposição no Centro Cultural UFMG apresenta experiência transformadora da artista Fabíola Morais com a natureza

No dia 12 de agosto, sexta-feira, às 19h, o Centro Cultural UFMG convida para a abertura da exposição A Força Viva da Floresta, da artista multimídia goiana Fabíola Morais. A mostra reúne um conjunto de telas a óleo que figuram a relação entre os povos da floresta diluídos no ambiente urbano e natural em extinção. A entrada é gratuita. Classificação: livre.

Os desenhos pintados a óleo são mirações, termo que soma transcendência e visão, e possuem sinais de uma arquitetura clássica, cores gestálticas e influências europeias, especialmente de Egon Schiele e Henri de Toulouse-Lautrec, herança do tempo de sala de aula da artista.

Outra fonte igualmente importante é o desenho indígena brasileiro: um código infinito que descreve a floresta como ser, com incalculáveis conteúdos não revelados. “O trabalho que apresento é a minha perspectiva construída na medida em que consigo sintonia com a frequência das florestas. Se a Amazônia nos apresenta o risco iminente de perda de uma riqueza biotecnológica e tecnoespiritual, viver no cerrado goiano é estar, de fato, sob a perda consumada”, conta Fabíola. 

“Toda floresta tem seu código anotado nela mesma, operando em frequências só perceptíveis aos que se expõem a essa força. As plantas revelam do cosmos à cultura; em um único segundo, tudo: A Força Viva da Floresta”, completa.

Os desenhos sempre fizeram companhia à artista

Fabíola Morais (1967) é artista visual, pesquisadora em estética e comunicação, graduada em Arquitetura e Urbanismo, mestre em Antropologia e doutora em História. No mestrado conheceu a antropologia indígena e no doutorado escreveu sobre desenho como sintoma e espaço de elaboração existencial. Iniciou sua carreira artística e acadêmica no final da década de 90, em Goiânia, como professora de Arquitetura e depois Design. O desenho, a fotografia, o vídeo experimental e projetos de residência com coletivos de dança e teatro integram sua produção artística e intelectual, contudo, considera a pintura a óleo como a síntese mais importante de seu trabalho. 

Sua produção atual se fundamenta na etnografia e no desenho, ficando evidente a conexão com a natureza, a botânica, com raízes étnicas e o aspecto socioambiental. Se aprofundou no conhecimento dos seres vegetais, aprendendo a cultivar e a colher, e também na vivência em rituais com plantas de poder. A execução dos seus trabalhos é um rebatimento entre o analógico e o digital. A partir do desenho ou fotografia autoral exercita movimentos entre os meios até finalizar em pintura a óleo. Mora no cerrado do Brasil Central e de lá extrai, por meio de fotografias, os temas e formas que desenvolve no ateliê, incorporando nessa ação sua experiência com o universo do design.

Serviço:

Exposição A Força Viva da Floresta – Fabíola Morais

Abertura: 12 de agosto de 2022, às 19h

Visitação: até o dia 18 de setembro de 2022

Terças a sextas: 9h às 20h

Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h

Sala Ana Horta, Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 - Centro, Belo Horizonte)

Classificação indicativa: livre

Entrada gratuita

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria do Centro Cultural UFMG

3134098290

http://www.ufmg.br/centrocultural

Serviço

Exposição 'A Força Viva da Floresta' – Fabíola Morais

12 de agosto a 18 de setembro de 2022

Terças a sextas: 9h às 20h | Sábados, domingos e feriados: 9h às 17h

Sala Ana Horta, Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 - Centro, Belo Horizonte)