Faculdade de Letras divulga novas resenhas dedicadas à Literatura Afro-brasileira

A newsletter do literafro – portal da literatura afro-brasileira, fruto do Grupo Interinstitucional de Pesquisa Afrodescendências na Literatura Brasileira da UFMG apresenta novo conjunto de resenhas. Na categoria ensaio, destaca-se o pioneirismo do pensamento da intelectual Beatriz Nascimento que se concretiza em “Por uma história do homem negro” - texto de abertura do livro Uma história feita por mãos negras. Há, ainda, a poesia de Fabrício de Oliveira, autor do recém-lançado Viração. Os versos intercontinentais dão o tom da Antologia Poética Brasil-Moçambique, organizada por Marleide Lins e Ernesto Moamba. Marcado pela beleza e  sensibilidade, Um dia feliz, de Patrícia Santana, é dedicado às crianças mas também encanta adultos. Para nos “desconsertar”, a newsletter traz o romance Uma temporada no inferno, do professor e escritor Henrique Marques Samyn. Também está a escrita forte e intensa de Odailta Alves, autora de Amor nos entre-prazeres da vida preta.  

Beatriz Nascimento

Vitimada pelo feminicídio em 1995, sem sombra de dúvida, Beatriz Nascimento continua sendo um dos principais nomes da intelectualidade negra no país. Pioneira nos estudos sobre quilombos, também se destacou nas  discussões sobre a masculinidade afrodescendente no Brasil. No artigo “Por uma história do homem negro”, a autora questiona a historiografia brasileira e reivindica novas perspectivas e novos olhares em relação aos ex-escravizados e seus descendentes, por meio do qual estes sejam reconhecidos como sujeitos e não como meros objetos de estudo, muitas vezes folclorizados. Em sua resenha, Lara Carvalho Cipriano mostra que passados quase trinta anos da morte de Beatriz Nascimento, sua obra permanece atualíssima.
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Fabrício De Oliveira

Seguindo a tradição de autores como Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, são justamente os esquecidos, os ultrajados, os que ficam para trás que interessam ao escritor Fabrício Oliveira no livro Viração. Lançado em 2022,  por meio de memórias individuais e coletivas, o escritor busca dar voz aos que a sociedade brasileira insiste em não ouvir e em não enxergar. Essas são algumas das reflexões que o também escritor Adriano Moura apresenta em sua resenha.
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Marleide Lins e Ernesto Moamba

A antologia poética Brasil-Moçambique chega às mãos do leitor brasileiro com uma forte simbologia: uma ponte entre o oceano, feita de versos. Tal diálogo, há tempos construído, se concretiza no volume, dando destaque à poesia de conhecidos escritores da história literária e também contemporâneos, num conjunto de 50 poetas dos dois países. Neste release, os organizadores não só apresentam a obra como também alinhavam as vozes oriundas destas duas nações irmãs.
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Patrícia Santana

Seguindo os princípios da literatura infantil afro-brasileira, cujas obras visam a contribuir para o fortalecimento da autoestima das crianças negras, de forma sensível e cuidadosa, Patrícia Santana traz em Um dia feliz a relação marcada por muito amor entre a menina Ayana e sua avó Maria.  Pensado para crianças, o livro também causa encantamento nos adultos. Em suas páginas, é possível perceber de maneira muito nítida o cotidiano de meninos e meninas negras que habitam as periferias do Brasil. No livro, esses espaços não são o lugar da falta, mas, sim, do afeto, das brincadeiras, das falas que afirmam a beleza da negritude. Outro ponto alto da obra é a belíssima ilustração de Carol Fernandes. Esses são alguns dos registros feitos por Luana Tolentino em sua resenha.

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Henrique Marques Samyn

O professor e escritor Henrique Marques Samyn, em Uma temporada no inferno, dialoga com a obra e a vida de Lima Barreto, neste romance que tem como tema central a loucura. Para tanto, o autor toma como cenário um ambiente que Lima Barreto conheceu de perto: o hospício. Nesta resenha assinada por Adélcio de Souza Cruz, a atuação do narrador é destacada, a fim de que mais do que sua voz, possamos refletir sobre sua performance.
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Odailta Alves

Por meio dos seus versos, Odailta Alves tenta ressignificar as experiências de mulheres negras - muitas vezes marcadas pelo sofrimento e pela pobreza. Em Pretos prazeres, a dor cede lugar aos “gritos, risos, prantos, sussurros, burburinhos negros” que transcendem os corpos negros, fazendo da escrita e do corpo negro uma forma de resistência. Nos dizeres da pesquisadora e professora Janaína Ferreira, o livro se sintetiza como uma “coreografia da vida”.
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Fonte

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