Faculdade de Medicina da UFMG sedia simpósio sobre inteligência artificial

Com discussões sobre ética e abordagem multidisciplinar, evento inaugura atividades do Centro de Inovação em Inteligência Artificial para a Saúde

A Faculdade de Medicina sediará, no dia 9 de novembro, a partir das 15h, o simpósio Inteligência Artificial para a Saúde: oportunidades e desafios. Realizado no Salão Nobre, o evento marca o início das atividades do Centro de Inovação em Inteligência Artificial para a Saúde (CRIA-Saúde). Interessados podem se inscrever pelo site do evento. Haverá transmissão no canal do CIAA-Saúde no Youtube.

Na ocasião, serão anunciados os primeiros projetos sobre inteligência artificial (IA) aplicada à saúde, contemplados por edital. O financiamento pode chegar a R$ 400 mil por projeto. O encontro contemplará, ainda, uma palestra internacional sobre ética no contexto da IA, que será ministrada pela professora Laura Candiotto (University of Pardubice, República Tcheca).

Estarão presentes representantes do governo estadual, da Reitoria da UFMG, da Unimed e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Entre os convidados estão gestores de serviços de saúde, pesquisadores, estudantes e comunidade em geral. Um dos focos da iniciativa é a formação de pesquisadores na área de IA. “Essa é uma oportunidade de despertar interesse de graduandos e pós-graduandos na área da tecnologia em saúde. E também uma chance de aproximar a ciência do mercado e do estado, que conhecem os problemas atuais como ninguém”, completa a coordenadora de Educação e Difusão do Conhecimento do CIIA-Saúde, Zilma Reis, que é professora da Faculdade de Medicina.

Haverá sorteio de 10 bolsas para o curso Informativo em Ciência de Dados do CIIA-Saúde para os presentes ao evento.

Competitividade

O professor Virgílio Almeida, emérito da UFMG, é o pesquisador responsável pelo Centro. Para ele, o desenvolvimento de tecnologias em IA no país garante sua competitividade no plano internacional. “A área é uma necessidade vital para a saúde pública e suplementar. Vimos, na pandemia, como as tecnologias ampliam o atendimento. Os projetos não substituem o elemento humano, mas auxiliam os profissionais”, argumenta.

A experiência da UFMG com projetos de IA em saúde foi um dos pontos cruciais para a escolha da Universidade como uma das sedes nacionais de inovação no setor. Entre os projetos já avançados, está a tecnologia que usa luz de LED para calcular idade gestacional de bebês e rede neural artificial que estima a idade de uma pessoa pelo eletrocardiograma.

CIIA-Saúde

O Centro foi contemplado em edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), publicado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Um de seus principais objetivos é desenvolver e transferir soluções inovadoras para o mercado, por meio de pesquisa básica e aplicada, contribuindo para a formação de mão de obra qualificada, aumento da competitividade das empresas brasileiras e para o bem-estar social.

Entre os resultados esperados estão o desenvolvimento de protótipos de soluções de IA, prestação de serviços para empresas privadas e setor público, criação de novas empresas com foco em IA e saúde, publicação de artigos científicos, formação de mestres, doutores, pós-doutores e capacitação de profissionais nesta área.

Outras informações estão disponíveis no Instagram do projeto ou pelo e-mail iasaudeufmg@gmail.com.

Texto de Vitor Maia

Fonte

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

Serviço

Simpósio: 'Inteligência Artificial para a Saúde: oportunidades e desafios'

9 de novembro de 2022

15h

Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG