O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neurotecnologia Responsável (NeuroTec-R), sediado no Centro de Tecnologia em Medicina Molecular (CTMM) da Faculdade de Medicina da UFMG, deu mais um passo em sua missão como rede de pesquisa nacional focada no funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. Uma parceria estratégica, firmada com os Grupos Fleury-Pardini, vem potencializar novos estudos de neuroimagem, especialmente na análise avançada de exames para investigar doenças do sistema nervoso.

O histórico de pesquisas do Grupo Pardini com a UFMG é antigo na área da medicina diagnóstica. Mas foi em 2023, a partir da combinação com o Grupo Fleury, que seus laboratórios passaram a se dedicar também a pesquisas no modelo de saúde preventivo e híbrido, combinados com inovação tecnológica e educação.  

Diversidade e responsabilidade social 

“Essa parceria é de grande importância social e científica. E, como o INCT em Neurotecnologia Responsável valoriza a ativa participação dos diferentes segmentos da sociedade no trabalho de pesquisa e inovação, essa colaboração com a iniciativa privada nos nossos projetos é por si um ganho inestimável”, avalia o coordenador do NeuroTec-R, professor Marco Aurélio Romano-Silva, que também é chefe do departamento de Psiquiatria e coordenador do CT Medicina Molecular. 

Concorda com ele a coordenadora de Educação Médica do Grupo Fleury em Minas Gerais, Luciana Costa-Silva, radiologista, formada na UFMG. Segundo ela, essa integração “é um passo estratégico que nos coloca na vanguarda das pesquisas em neurotecnologia, nos permitindo contribuir de maneira efetiva para a criação de novas ferramentas diagnósticas e terapêuticas que beneficiarão a sociedade como um todo”. 

NeuroTec-R 

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neurotecnologia Responsável (NeuroTec-R) tem financiamento do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. Os princípios de Pesquisa e Inovação Responsável (PIR), adotados pelo Instituto, foram criados no âmbito da União Europeia e ainda são pouco usados no Brasil.

O PIR foca no desenvolvimento de soluções tecnológicas que aliam inovação científica com preocupações éticas e de inclusão social. "Essa estratégia busca antecipar problemas e propor tecnologias mais relevantes, capazes de melhorar a qualidade de vida de todos e atender às demandas da sociedade", afirma Romano Silva, referindo-se não apenas aos envolvidos diretamente nos estudos, mas também a legisladores e empresários.

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