Hospital Risoleta da UFMG comemora 21 anos com evento nesta sexta-feira

Na semana em que a lei que regulamenta o SUS completa 29 anos, direção do hospital fala dos avanços e desafios para a sustentabilidade do sistema

O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) da UFMG completa 21 anos no próximo sábado, 21 de setembro. Para celebrar esse marco e iniciar uma nova etapa da história, com marca e vídeo institucional recém-criados, o Risoleta promoverá um evento comemorativo, na sexta-feira, dia 20 de setembro, às 9h, no Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP), localizado na Rua das Gabirobas, 01, Vila Clóris, Belo Horizonte.

Na ocasião, o hospital receberá representantes do Ministério da Saúde, do governo de Minas, da Prefeitura de Belo Horizonte, profissionais de instituições da Rede de Atenção à Saúde, da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), da UFMG e de outras organizações parceiras, além de representantes dos conselhos estadual, municipal e local de saúde, entre outros convidados.

A programação contará com pronunciamentos de alguns desses convidados e também de profissionais do próprio hospital. Também haverá uma homenagem a instituições e pessoas que fazem a diferença para manter o Risoleta a principal unidade de referência hospitalar para a Região Norte de Belo Horizonte e municípios do entorno, com acolhimento a mais de 1 milhão de pessoas.

Essa maioridade do Hospital Risoleta tem um sentido especial para a Instituição e todos os trabalhadores e parceiros. Afinal, não é fácil manter uma assistência de qualidade e humanizada, em um hospital 100% SUS, com porta aberta 24 horas por dia, 365 dias por ano, para cuidado integral de Urgência e Emergência, das Doenças Clínicas e Cirúrgicas e Maternidade.

Entre as premissas do Risoleta estão prestar uma assistência de qualidade e individualizada, com uma equipe qualificada e comprometida, além de transpor os desafios financeiros da rede pública de saúde. A infraestrutura é composta por Pronto Socorro, Clínica Cirúrgica, Materno-Infantil e Cuidado Progressivo Neonatal, CTI Adulto, Clínica Médica incluída Unidade de AVC, Cuidados Paliativos e Idosos Frágeis.

Risoleta em números e perfil

O hospital tem cerca de 370 leitos, seis salas cirúrgicas e ambulatório de egressos. Em média, são realizados 6.100 atendimentos de urgência/mês, 450 cirurgias/mês, 270 partos/mês e em torno de 1.500 internações mensais. Para isso, conta com mais de 2.000 funcionários. 

São realizados atendimentos ao trauma, ao AVC, ao paciente grave e crítico, à gestante e ao recém-nascido. A Maternidade é focada em parto humanizado, com a menor taxa de cesáreas de Belo Horizonte (23%).

Além disso, o hospital oferta Serviço de Cuidados Paliativos, implantado há 10 anos, pioneiro em Minas Gerais. É o único em Belo Horizonte com estrutura composta por ala própria com 16 leitos (mais 8 leitos dedicados aos idosos). Conta com Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD), com atuação efetiva no processo de desospitalização de pacientes da capital e municípios vizinhos. Tem a certificação Ouro no Programa de Aprimoramento da Qualidade Hospitalar, no âmbito do Proadi-SUS do Ministério da Saúde.

Trata-se de um hospital de ensino, pesquisa e extensão, com forte atuação na formação de profissionais e na produção do conhecimento, com 2.300 alunos por ano, cinco programas de Residência Médica: Clínica Médica, Neurologia, Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia do Trauma, Medicina Paliativa (primeira turma de Minas Gerais, lançada em 2019); dois programas de Residência Multiprofissional: Saúde do Idoso e Intensivismo, Urgência e Trauma, além de campo de estágio para universidades.

29 anos de regulamentação do SUS

Esta semana, a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8080, de 1990), que regulamenta o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), completa 29 anos. O SUS é uma das maiores conquistas sociais do Brasil, mas está em risco. A professora e médica Alzira Jorge, diretora-geral do Hospital Risoleta, destaca os avanços e desafios do SUS, em um momento especial, quando o Risoleta completa 21 anos de história.

De acordo com a diretora-geral, o SUS possibilitou o acesso de todos os cidadãos brasileiros à saúde pública. De lá para cá, houve muitos avanços, mas ainda há muitos desafios a vencer. Para ela, o momento é de comemoração e também de reflexão sobre a sustentabilidade do sistema.

Alzira Jorge destaca como avanços os três princípios do SUS: a universalização, pois o Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes no mundo a ter um sistema universal de saúde, público e gratuito; a integralidade, com diferentes atendimentos para amparar as necessidades dos usuários, desde a promoção e prevenção, por meio de vacinas e diagnósticos precoces, até tratamentos, reabilitações e procedimentos complexos, como transplantes, e a equidade, uma vez que os atendimentos são ofertados aos indivíduos de acordo com as necessidades de cada um.

Como desafios, a professora destaca o financiamento do SUS, visto que o gasto por pessoa é insuficiente para garantir a todos a atenção integral; a proposta em tramitação no Congresso dos planos populares, cuja ideia é direcionar dinheiro do SUS para planos populares de saúde, e as novas políticas de atenção básica e de saúde mental, que oferece alguns riscos.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação do Hospital Risoleta Tolentino Neves

(31) 3459-3282

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