Inscrições para oficinas e residências do Festival de Inverno da UFMG começam amanhã

Evento acontece de 11 a 21 de julho, com o tema Memória: arte e patrimônio

Começam amanhã, 28 de julho, as inscrições para cinco residências artísticas e dez oficinas do 51º Festival de Inverno UFMG. A edição de 2019 busca dar visibilidade às políticas da Universidade para a área da cultura, sob o tema Memória: arte e patrimônio. As oficinas acontecem no Centro Cultural UFMG (Praça na Estação), Conservatório UFMG (Avenida Afonso Pena) e Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade). As inscrições são a preços populares, de 10 a 20 reais, e podem ser feitas até 11 de julho, pelo site www.ufmg.br/festivaldeinverno, onde é possível conferir também a programação. Inscrições para as oficinas gratuitas deverão ser feitas no próprio evento.

Realizado pela Diretoria de Ação Cultural da UFMG, o Festival de Inverno acontece entre os dias 11 e 21 de julho, com uma programação extensa que, além das oficinas e residências, inclui espetáculos teatrais, concertos musicais, shows, palestras e a 1ª Jornada de Estudos sobre Patrimônio Cultural Imaterial. As atrações culturais são gratuitas, exceto algumas sessões de Planetário. 

A programação do Festival tem início em Tiradentes no dia 11 de julho e a abertura oficial será no domingo, 14 de julho, no Conservatório da UFMG, com show do Trio Corrente, grupo vencedor do Grammy e uma das principais formações instrumentais do país. O evento encerra as atividades integrando a programação da Virada Cultural de BH, nos dias 20 e 21 de julho.

Memória: arte e patrimônio
O tema do 51º Festival de Inverno UFMG foi inspirado nos debates recentes sobre patrimônio histórico, artístico, cultural e universitário, motivados tanto por catástrofes como os incêndios do Museu Nacional e do Museu da Língua Portuguesa quanto pelo questionamento de políticas públicas para o setor. “Nestes tempos em que a história parece ter entrado em transe, o Festival convida para que nos detenhamos a tratar de um tema urgente: a Memória. A abordamos por um viés duplo: arte a patrimônio, uma vez que queremos participar dessa discussão de forma mais propositiva e positiva, trazendo visibilidade a projetos e a todo um trabalho que a UFMG vem desenvolvendo nessas áreas”, explica o professor Fernando Antonio Mencarelli, diretor de Ação Cultural da UFMG. 

A inserção do Festival no debate sobre a memória na arte e no patrimônio ocorre de maneira direta, já que o evento acontece em um conjunto de bens tombados da Universidade, como o Centro Cultural UFMG na Praça da Estação, o Conservatório UFMG na Avenida Afonso Pena, o Espaço do Conhecimento UFMG na Praça da Liberdade e o Campus Cultural UFMG em Tiradentes. “Nossos espaços culturais potencializam a interação entre cidade e universidade, oferecendo-se como lugar de encontro, formação, aprendizagem pelas artes e culturas, compartilhamento da excelência artística”, completa Mencarelli.

Oficinas e residências
A programação do Festival de Inverno se articulou ao conjunto de ações culturais que já são realizadas pela UFMG para apresentar atividades que abordam a importância da preservação dos diferentes tipos de memória. As residências e oficinas englobam várias manifestações artísticas, como danças urbanas, música, artes plásticas, audiovisual e teatro. 

As oficinas são variadas, abordando desde o circuito de arte urbana do hipercentro de BH até a relação das pessoas com os patrimônios da capital mineira, passando por assuntos como impressão tipográfica e expografias em espaços alternativos. No Conservatório UFMG, algumas atividades serão ministradas por nomes de peso do cenário cultural nacional, como Mamour Ba, Trio Corrente e o Quinteto Villa-Lobos.

Residência em danças urbanas: a residência propõe apresentar alguns dos estilos de dança oriundos da cultura hip hop por meio da contextualização histórica, do conhecimento técnico e da experimentação coreográfica.

Residência em artes cênicas - reinventa – narrativas de si: o aluno irá desenvolver a arte de ouvir e relatar histórias, a partir da memória individual e social. Para isso, algumas técnicas de interpretação, improvisação, expressão vocal e corporal serão aplicadas, aliadas a dinâmicas narrativas e de integração com o grupo, por meio de jogos cênicos.

Residência em literatura - fragmentos de memória: arte e patrimônio: os alunos irão criar microcontos em torno do tema memória, arte e patrimônio, tendo como objeto os 30 anos de história do Centro Cultural UFMG e o edifício tombado em que ele funciona. Ao final, será realizada a edição, em tipografia, de uma seleção de microcontos produzidos na residência, com a participação do Coletivo 62 pontos, de pesquisa e produção gráfica.

Residência em música e teatro - som e gesto no palco: o objetivo da residência é desenvolver uma peça performática usando gestos e sons em condições iguais. O ritmo dos sons e das ações darão forma a uma criação coletiva e reflexiva, aproveitando o humor como ferramenta expressiva. Música e teatro serão misturados em uma única linguagem, trabalhando a teoria e prática ao mesmo tempo.

Residência em artes plásticas - memória, desenho e escrita: o desenho será ponto de partida para a criação de uma poética visual individual, na qual se propõe estimular e sensibilizar uma reflexão sobre os processos de afinidade e intimidade da memória das coisas. Durante os encontros, serão realizadas práticas de experimentações com o desenhar enquanto escrita e conversas sobre questões plástico-visual.

Brincadeiras, música e cena: nesta oficina serão propostas brincadeiras e canções tradicionais a partir do repertório do grupo Serelepe e dos próprios participantes. Além disso, serão construídos alguns instrumentos musicais com materiais reaproveitáveis para serem utilizados em cenas musicais. Experimentações cênico-musicais serão conduzidas com os participantes, explorando modos e ferramentas de criação do grupo Serelepe.

Expografia em espaços não-convencionais: oficina intensiva dirigida a profissionais, estudantes e acadêmicos que se dedicam a questões de curadoria, arquitetura e museologia em espaços diferentes daqueles dos museus e das galerias de exposição ditas convencionais. Serão realizados um conjunto de sessões teóricas em que se apresentam estratégias, ideias e conceitos para abordar e intervir em locais usualmente não explorados enquanto locais expositivos.

Introdução à impressão tipográfica: a oficina introduz a tipografia e seus processos, aproveitando o conhecimento que o coletivo 62 pontos possui e os materiais tipográficos existentes no Centro Cultural UFMG. Serão apresentados aos participantes, a linguagem e a técnica dos tipos móveis, a partir de uma abordagem contemporânea.

Na linguagem dos ritmos: o objetivo da oficina é ampliar o conhecimento básico da música orgânica, facilitando a aprendizagem instrumental e proporcionando a busca de sua própria identidade musical.

Prática instrumental e performance de música de câmara para sopros: direcionada a instrumentistas de sopro, a oficina será dividida em duas partes. Na primeira, cada músico do Quinteto Villa-Lobos irá ministrar um workshop sobre a estudos e práticas relativas a seu instrumento. Serão cinco workshops: flauta, oboé, fagote, clarineta e trompa. Na segunda parte, o quinteto irá abordar questões relativas a performance de música de câmara para quinteto de sopros, sobretudo música brasileira.

Produção fulldome: os participantes terão uma introdução sobre como produzir conteúdo audiovisual para fulldome - formato de vídeo arredondado que é projetado dentro de cúpula em planetários. Serão apresentadas as principais técnicas de produção para este formato ao grupo em um projeto prático e coletivo, com os temas sobre memória e patrimônio.

Um passeio pelo circuito de arte urbana e oficina de stencil: Priscila Amoni, uma das idealizadoras do Festival CURA – Circuito Urbano de Artes, guiará a turma pelas ruas do hipercentro da cidade, contando um pouco dos bastidores e do conceito dos dez murais (pinturas gigantes) nas fachadas dos edifícios do centro de BH, que foram pintados durante o festival. O passeio se encerra com uma oficina de stencil, ministrada pelo artista André, conhecido como Comum.

Visita mediada ao circuito cultural praça da estação: a oficina conduzirá os participantes a conhecerem detalhes importantes da história de Belo Horizonte, a partir dos monumentos arquitetônicos da Praça da Estação. Os prédios a serem visitados externamente são: Centro Cultural UFMG, CentoeQuatro, Centro de Memória da Engenharia, Monumento à Terra Mineira, Estações do CBTU, Vale – Vitória Minas, Central do Brasil, Oeste de Minas, Casa do Conde de Santa Marinha, Centro de Referência da Juventude, Serraria Souza Pinto, Edifício Chagas Dória e o Centro de Memória Ferroviária. A visita passa pelas ruas Caetés, Guaicurus e Sapucaí, pelos jardins da Praça Rui Barbosa, e pelos viadutos da Floresta e Santa Tereza.

Vivência de música instrumental brasileira: voltada para instrumentistas com interesse no repertório da música instrumental brasileira. Será dividida em duas partes: na primeira, cada músico do Trio Corrente irá ministrar um workshop sobre estudos e práticas relativas a seu próprio instrumento. Serão três workshops: piano, contrabaixo e bateria. Na segunda parte, o quinteto irá abordar questões relativas à prática em conjunto da música instrumental brasileira, passando por questões como estilo, arranjo, ritmo e improvisação.

Voco invoca dadá no tempo da avacalhação: oficina intensiva organizada em torno do legado textual, sonoro e plástico-visual do movimento dadaísta, lançado internacionalmente no Cabaret Voltaire (Zurique), há 103 anos. Por meio de exercícios vocais e corporais, explanações teóricas e conversas informais, os/as participantes prepararão um conjunto de performances que serão apresentadas ao público do Festival de Inverno da UFMG no mesmo dia, às 20h.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa do 51º Festival de Inverno UFMG - Camilla Borges

(31) 3409-8290 | (31) 9 8453-1397

www.ufmg.br/festivaldeinverno

Serviço

Oficinas e residências do 51º Festival de Inverno UFMG

Inscrições de 28 de junho a 11 de julho

Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 – Centro), Conservatório UFMG (Av. Afonso Pena, 1534 – Centro), Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700 – Funcionários)