Ipead/UFMG: principal destino para o 13º salário na capital mineira será pagamento de dívidas

Desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de MG (Ipead/UFMG), a pesquisa Destino do 13º salário, aplicada juntamente com o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC BH),  avaliou como os consumidores da capital mineira pretendem utilizar esse recurso financeiro. Como resultado, a maior parte dos entrevistados (51,90%) afirmou que terá direito ao recebimento do 13º salário ou gratificação similar em 2022. O item citado mais vezes como o principal destino desse recurso foi Pagar contas atrasadas, quitar dívidas, com 37,61%, seguido de Poupar para outros fins, com 28,44%.

O item Viajar caiu do quarto lugar em 2021 para o nono em 2022 (2,75%), indicando uma reversão no comportamento dos consumidores em relação ao uso desse capital. Neste ano, os consumidores também estão menos propensos a utilizarem o recurso do 13º salário para pagar os impostos (IPVA, IPTU) do próximo ano (1,83%). A opção Realizar compras de presentes de Natal continua a ocupar a última colocação e o item Não sabe subiu, posicionando-se no quarto lugar. Os estudos completos podem ser encontrados no site do Ipead.

Essa pesquisa é realizada uma vez ao ano, no mês de outubro, com os 210 consumidores que respondem à pesquisa do Índice de Confiança do Consumidor (ICC-BH), seguindo o mesmo dimensionamento amostral e recortes por sexo e renda familiar. Os resultados obtidos com a pesquisa de Destino do 13º salário permitem ao empresário do comércio varejista mineiro avaliar as opiniões e as expectativas dos consumidores em tempo real com o objetivo de planejar melhor o seu negócio em termos de estoques, contratações, investimentos, dentre outros.

Dados de Belo Horizonte no mês de outubro

O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), apresentou avanço de 0,51% no mês de outubro. O resultado foi obtido a partir da pesquisa de preços dos produtos/serviços que são agrupados em 11 itens agregados. Os maiores destaques, em termos de variação, foram as altas de 5,32% para Alimentos in natura, 2,63% para Alimentos industrializados, 2,42% para Alimentação em restaurante e 1,75% para Artigos de residência. No sentido oposto, destacam-se as quedas de 3,07% para Alimentos elaboração primária e 2,18% para Bebidas em bares e restaurantes.

O produto de maior contribuição para o aumento no custo de vida em outubro foi a Refeição, com aumento de 2,30%. O custo da cesta básica apresentou avanço em outubro de 2,09%, custando R$692,27, equivalente a 57,12% do salário mínimo. Os principais responsáveis por esse aumento foram a Batata inglesa (25,39%), Banana Caturra (10,49%) e o Tomate (14,64%).

O Índice de Confiança do Consumidor atingiu, em outubro, 40,97 pontos, apresentando alta de 5,75% em relação ao mês de setembro. O Índice de Expectativa Econômica (IEE) apresentou alta de 17,55%, também em comparação com o valor do mês anterior, influenciado pelo aumento na percepção dos consumidores sobre o item Emprego (alta de 23,80%). O Índice de Expectativa Financeira (IEF) recuou 1,57% em comparação com o mês de setembro, sendo o item Situação Financeira da Família o que apresentou a maior queda do setor (3,42%).

A inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 6,91%. A taxa Selic continua em 13,75% ao ano, desde a última reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), entre os dias 25 e 26 de outubro.

Em sua maioria, as taxas médias de juros praticadas para pessoa física no mês de outubro apresentaram queda ao serem comparadas às taxas observadas em setembro.

Sobre o Ipead

A Fundação Ipead é uma entidade sem fins lucrativos, credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), como fundação de apoio à Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação do Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de MG