Ministra Cármen Lúcia profere conferência na UFMG sobre o papel das instituições democráticas

Conferência será realizada no dia 7, às 11h, no âmbito do ciclo ‘Futuro, essa palavra’, que integra as comemorações dos 95 anos da Universidade

O futuro do país e as instituições democráticas será tema da conferência que a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai proferir nesta sexta-feira, 7 de outubro. O evento será realizado no âmbito do ciclo Futuro, essa palavra, que integra a programação dos 95 anos da UFMG. A abertura se inicia às 11h, no auditório da Reitoria, com fala da reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, e apresentação musical do professor Mauro Rodrigues, da Escola de Música.

Mineira de Montes Claros, Cármen Lúcia integra o STF, instância máxima do Judiciário brasileiro, desde 2006. A magistrada presidiu a Corte e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2016 a 2018. Eleita em agosto deste ano ministra efetiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela registra outras passagens pela instância máxima da Justiça Eleitoral, corte que também presidiu em 2012 e 2013.

“Carmen Lúcia é uma grande referência do direito brasileiro, uma pessoa extremamente identificada com a universidade brasileira e com os princípios da autonomia e da liberdade de pensamento e de cátedra. É uma honra tê-la entre nós em momentos importantes da história da UFMG, como as comemorações dos 95 anos”, afirma a reitora Sandra Regina Goulart Almeida. 

Essa preocupação com os rumos da instituição universitária ficou evidenciada na conferência Universidade, democracia e liberdade de expressão, ministrada, de forma remota, no âmbito do ciclo Tempos presentes, em setembro de 2020. Na ocasião, a ministra do STF defendeu que o Brasil depende cada vez mais das universidades e destacou o papel da Constituição Federal (CF/1998) nesse processo. Segundo a magistrada, ao dotar as universidades de autonomia, a Carta assegurou as liberdades de expressão e de informação, de aprender e de ensinar. “O dispositivo prezou pela independência das instituições, protegendo-as da submissão à política. O conhecimento não tem limites e ideologias, não se limita ou se direciona por uma forma preestabelecida de pensar, pois é um pensamento em construção permanente”, afirmou.

Sua última passagem pela UFMG foi em abril deste ano, quando, em aula magna, falou sobre Direito e literatura: uma análise interdisciplinar da realidade brasileira, na Faculdade de Direito. À época, a vice-diretora da Faculdade, Mônica Sette Lopes, justificou o tema lembrando que “é comum que a ministra faça uso de figuras e de contextos literários em seus argumentos orais e escritos no STF”.

Medalha de honra

Professora titular de direito constitucional da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, instituição onde obteve seu bacharelado em 1977, Cármen Lúcia recebeu, em 2016, quando presidia o STF, a Medalha de Honra da UFMG, comenda entregue, desde 2000, a estudantes egressos que se destacam por ações em prol da sociedade. Ela cursou mestrado na Faculdade de Direito, concluído em 1982. Na ocasião da homenagem, a ministra disse que ela representava uma “oportunidade de honrar o sonho dos antigos professores”, nos quais inspira sua conduta profissional, considerada rigorosa.
“Se vivesse 100 vezes, gostaria de ter sempre os mesmos mestres. Com toda certeza, nunca desistirei de tentar consolidar o sonho de um país mais justo, que eles sonharam antes de mim. Posso não conseguir fazer muito, por conta de meus limites humanos, mas tentarei passar a missão para os que vierem depois”, disse.

Futuro, essa palavra

Uma das principais atividades da programação que comemora o aniversário de 95 anos da UFMG e o bicentenário da Independência do Brasil, o ciclo de conferências Futuro, essa palavra é realizado, desde junho deste ano, quando o auditório da Reitoria recebeu os líderes indígenas Ailton Krenak e Davi Kopenawa Yanomami.

Em agosto, a professora emérita Ana Lúcia Almeida Gazzola, reitora da UFMG na gestão 2002-2006, ministrou conferência de recepção aos calouros, com o tema 95 anos da UFMG: passado, presente e o futuro que queremos. A professora Heloísa Starling, do Departamento de História da UFMG e coordenadora do Projeto República, falou sobre o mesmo tema para os estudantes do período noturno.

Também em agosto, o escritor e frade dominicano Frei Betto ministrou a conferência A luta pela democracia e assinou um acordo para cessão de seu patrimônio intelectual para a UFMG. No fim de setembro, o ciclo sediou conferência sobre a monkeypox, com os professores da UFMG Unaí Tupinambás, médico epidemiologista da Faculdade de Medicina, Erna Geessien Kroon e Flávio Guimarães da Fonseca, integrantes da Câmara Técnica Temporária Pox-MCTI.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG

Serviço

Conferência 'futuro do país e as instituições democráticas' | Ciclo 'Futuro, essa palavra'

7 de outubro de 2022

11h

Auditório da Reitoria da UFMG, campus Pampulha