Mostra Córregos Vivos propõe formas de proteção e revitalização da Bacia do Cercadinho

Projeto, que reúne pesquisadores da UFMG e UEMG, visa questionar a forma de ocupação territorial da cidade

A 1ª Mostra Córregos Vivos, desenvolvida pelo grupo de pesquisa em Arte e Arquitetura Terra Comum, da UFMG (Escola de Arquitetura) e Escola Guignard - Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), surgiu como um laboratório de investigação, experimentação e debate acerca da Bacia do Cercadinho, na região oeste de Belo Horizonte. De acordo com a artista plástica e professora Louise Ganz, coordenadora da mostra, o projeto Córregos Vivos questiona o princípio de ocupação territorial da cidade, pensado a partir do traçado das vias e do parcelamento da terra, onde córregos foram tamponados, restando poucas nascentes, córregos e ribeirões a céu aberto, como espaço social e ecológico. O trabalho está disponível no site corregosvivos.com.br

Alguns moradores da região participaram do projeto, contando um pouco de como é a realidade de se viver próximo a um córrego. Para o professor Frederico Canuto, do Departamento de Urbanismo da UFMG e um dos curadores da mostra, esse projeto artístico faz com que os moradores passem a enxergar de outro modo o seu local de vivência, construindo uma ideia de identidade da comunidade da Bacia do Cercadinho. Os moradores esperam poder participar novamente de projetos e iniciativas como essa.

Saiba mais em vídeo produzido pela TV UFMG (equipe: Maria Carolina Martins - produção; Marcelo Duarte - edição de imagens; Jessika Viveiros - edição de conteúdo):

Mostra

Aprovada pela Prefeitura de Belo Horizonte no Edital 2017 da Política Municipal de Fomento à Cultura (Lei nº 11.010/2016) e com patrocínio da Minas Gerais Administração e Serviços (MGS), a mostra é o resultado de um trabalho desenvolvido por seis grupos temáticos, entre os meses de setembro e novembro, que propõe formas de proteção e revitalização da Bacia do Cercadinho. Os grupos constituídos por artistas, arquitetos, antropólogas, ambientalistas, professores, historiadores, bióloga e moradores da região e da cidade foram formados a partir de convocatória e selecionados para atuarem nos contextos: histórias locais, nascentes e matas, jardins viventes, morar na bacia, economia dos afetos e pinturas de territórios.

Os projetos foram desenvolvidos com os moradores da região, via mídias digitais ou presencialmente, respeitando-se as medidas de segurança, durante a pandemia de covid-19. Foram realizados também debates, com a presença de convidados especialistas e ativistas, que podem ser acessados na plataforma virtual do projeto. Também integra a mostra o projeto Correspondências, que consiste na troca de histórias, percepções, conhecimentos, imagens e outros entre pares de pessoas convidadas, a partir das experiências relacionadas às águas. Os convidados são artistas, membros de movimentos ambientais e comitês de bacia hidrográficas, geólogos, geógrafos, arquitetos, moradores ribeirinhos, historiadores, escritores, jardineiros e criadores de peixes. São disponibilizados no site catálogo impresso e materiais pedagógicos do projeto.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de imprensa da Mostra Córregos Vivos - Raquel Utsch

(31) 98264-1458