Núcleo da UFMG vai investigar práticas sexuais na pandemia

Pesquisa pretende identificar mudanças nos hábitos e gestão de risco

Inspirados nos estudos de gestão de risco desenvolvidos no contexto da aids, pesquisadores do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT (NUH) da UFMG estão colaborando com uma pesquisa sobre experiências de prevenção e de práticas hétero, homo e bissexuais durante a pandemia de covid-19.

De acordo com o professor Marco Aurélio Prado, do Departamento de Psicologia da UFMG, o projeto tem o propósito de investigar as mudanças nos campos da experiência, nos hábitos sociais e nas percepções das narrativas sobre a sexualidade em diferentes populações e grupos, ocorridas desde o início das medidas de distanciamento físico, como estratégias para impedir a infecção pelo novo coronavírus.

“Como há semelhanças e muitas diferenças entre as pandemias, vamos seguir as trilhas dos estudos que identificaram que a gestão de riscos está relacionada a marcadores sociais como classe, raça, idade, gênero e orientação sexual. Temos observado que a gestão de riscos na atual pandemia inaugura novas formas de práticas sexuais”, projeta o professor.

Metodologia

A metodologia de investigação, segundo Marco Aurélio Prado, consistirá, em um primeiro momento, em entrevistas com um pequeno número de pessoas, correspondendo às categorias de heterossexuais, homossexuais e bissexuais, recrutados por meio de busca ativa. Posteriormente, serão disponibilizados questionários digitais, destinados a um número bem maior de pessoas, e, por fim, serão feitas entrevistas semiestruturadas em profundidade.

As instituições parceiras do projeto são as universidades de Brasília (UnB), as federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Pernambuco (UFPE) e a estadual do Rio de Janeiro (Uerj). O início do estudo depende da liberação do comitê de ética da UFRGS.

(Texto de Matheus Espíndola)

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG