Pandemia não derruba compras de Natal em BH: Ipead/UFMG registra maiores índice dos últimos seis anos

Pesquisa aponta alta de 3,81% na intenção de presentear e de 33,22% no valor do ticket médio por presente

Apesar da pandemia de covid-19, a pretensão de compra para o Natal de 2020 em Belo Horizonte se manteve firme e apresentou, inclusive, um aumento em relação ao ano anterior. Pesquisa realizada anualmente pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de MG (Ipead) da UFMG registrou um aumento de 3,81% na intenção de presentear e a alta de 33,22% no valor do ticket médio por presente, ficando igual a R$ 111,86 em 2020. Todos os dados podem ser conferidos no site do Ipead.

A maioria dos entrevistados, 67,76%, pretende presentear alguma pessoa no Natal. O índice é o maior registrado nos seis anos de pesquisa. Dentre os consumidores que pretendem presentear, observou-se que 69,85% pretendem gastar um valor acima de R$ 50,00, em média, com cada presente.

A pesquisa Pretensão de compra para o Natal, aplicada juntamente com o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC BH), tem o objetivo de avaliar as expectativas de compra dos consumidores da capital mineira para essa data comemorativa. Essa pesquisa é realizada uma vez ao ano, no mês de novembro, com os 210 consumidores que respondem a pesquisa do ICC, seguindo o mesmo dimensionamento amostral e recortes por sexo e renda familiar.

Custos em BH

Após a estabilidade observada no mês de outubro, o Índice de Confiança do Consumidor apresentou alta de 1,93% no mês de novembro. No entanto, vale destacar que o índice ainda permanece bem abaixo dos 50 pontos, nível que separa o pessimismo do otimismo. O ICC-BH de novembro, 37,16 pontos, foi o maior observado após implementação de medidas de combate à pandemia da covid-19 (abril = 30,76, maio = 33,44, junho = 33,15, julho = 35,20, agosto = 36,26, setembro = 36,44, outubro = 36,45).

As componentes Inflação, Situação Econômica do País e Situação Financeira da Família foram as que mais contribuíram para a melhora do humor dos consumidores belo-horizontinos no mês de novembro.

O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo e pelo Índice de Preços ao Consumidor Restrito, avançou em relação ao mês de outubro, apresentando um aumento de 0,61% em novembro. Além disso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses permaneceu acima da meta de 4,00% definida pelo Conselho Monetário Nacional para o ano de 2020, sendo igual a 4,86% em novembro. Nesse mesmo período, o grupo Alimentação na residência apresenta alta acumulada de 19,17%, bem acima da inflação.

O custo da cesta básica apresentou a quarta alta consecutiva em novembro, com custo de R$ 553,24 no mês. Os principais responsáveis por essa elevação foram o Tomate Santa Cruz (36,67%), a Batata inglesa (42,78%) e a carne Chã de dentro (4,34%). A cesta básica apresenta uma variação acumulada de 33,53% nos últimos 12 meses, aproximadamente sete vezes maior do que a inflação.

A taxa Selic foi mantida em 2,00% ao ano desde a última reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), entre os dias 27 e 28 de outubro de 2020, permanecendo no menor valor já observado na série histórica deste indicador.

As taxas médias de juros praticadas para pessoa física apresentaram alta na maioria dos setores ao serem comparadas às taxas do mês de outubro. Sobre as taxas para pessoa jurídica, a maioria também apresentou alta. Por fim, entre as taxas de captação, a maioria apresentou estagnação ou queda em relação ao mês anterior.

Confira todas as pesquisas aqui.

Sobre o Ipead

A Fundação Ipead é uma entidade sem fins lucrativos, credenciada pelo Ministério da Educação – MEC e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – MCTIC, como fundação de apoio à Faculdade de Ciências Econômicas – Face da UFMG.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis

(31) 98419-9802

https://www.ipead.face.ufmg.br/site/