Percepção do povo Xakriabá sobre a ditadura militar é tema de estudo da UFMG

Trabalho que recebeu o Prêmio Capes de melhor tese na área de História é destaque no programa ‘Aqui tem ciência’, da Rádio UFMG Educativa

Durante a ditadura militar iniciada em 1964, os Xakriabá não eram reconhecidos como indígenas pelos agentes estatais. Eles foram agredidos e tiveram que lutar para tentar preservar suas terras e práticas culturais. O modo como lembram a experiência da ditadura é o objeto do estudo de doutorado realizado no Programa de Pós-graduação em História da UFMG. Esse trabalho, eleito em 2021 a melhor tese do Prêmio Capes na área de História, é tema do centésimo episódio do programa Aqui tem ciência, da Rádio UFMG Educativa.

Autora da pesquisa, Juliana Ventura de Souza Fernandes conta que revisitou documentos da época do regime militar e manteve encontros com indígenas e vivências nas aldeias, situadas no município de São João das Missões, no extremo Noroeste de Minas Gerais. Na entrevista, a pesquisadora explica por que decidiu se aprofundar na forma como a ditadura é percebida por esse povo e por que o contato com essa perspectiva exigiu que aquele período da vida brasileira fosse revisto com base em conceitos e referências cronológicas distintos das preconizadas habitualmente nos livros de história.

Saiba mais sobre a pesquisa.

Raio-x da pesquisa

Tese:  A ‘Guerra dos 18 Anos’ – repertórios para existir e resistir à ditadura e a outros fins de mundo. Uma perspectiva do povo indígena Xakriabá e suas cosmopolíticas de memória

O que é: a tese de doutorado estuda a ditadura militar com base em ponto de vista de indígenas Xakriabá residentes em um território no Noroeste de Minas Gerais. A pesquisa dedica-se, inclusive, a compreender como os atuais Xacriabás retomam esse passado para construir práticas e possibilidades presentes e futuras.

Pesquisadora: Juliana Ventura de Souza Fernandes

Programa de Pós-graduação: História

Orientadora: Miriam Hermeto de Sá Motta

Ano da defesa: 2020

Financiamento: Bolsa de mobilidade acadêmica concedida pela Red de Macro Universidades de América Latina y el Caribe (RedMacro)

O episódio 100 do programa Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Tiago de Holanda. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e busca abranger todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da Rádio UFMG Educativa apresenta os resultados do trabalho de um pesquisador da Universidade.

Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast, como o Spotify, e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas-feiras, às 11h, com reprises às quartas-feiras, às 14h30, e às sextas-feiras, às 20h.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG