Pesquisa da UFMG aponta que viver em áreas arborizadas reduz chance de obesidade

Tese da Faculdade de Medicina da UFMG, com dados de imagens de satélite, associa o local de residência com a saúde cardiometabólica

Belorizontinos que moram em locais com maior quantidade de áreas verdes têm 36% menos chance de apresentar obesidade, segundo tese defendida no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG. Os resultados apontam que a chance de obesidade é ainda menor quando há maior quantidade de árvores próximo ao local de moradia, do que em relação às gramíneas, enquanto os piores números estão nas vizinhanças sem nenhum desses tipos de áreas verdes.

A possível explicação da relação é o impacto das áreas verdes, com destaque para as árvores, na diminuição da poluição sonora e atmosférica, amenização da temperatura local e do estresse, além do estímulo à prática de atividade física e ao convívio entre as pessoas, favorecendo maior coesão social. “Não adianta aconselharmos as pessoas a serem fisicamente ativas se elas não moram em um lugar que tenha estruturas que favoreçam a prática de atividade física. Focarmos em abordagens individuais é importante, mas não é suficiente para promovermos a saúde em nível populacional”, afirma a pesquisadora e autora do estudo, Luciene Almeida.

O trabalho utilizou imagens da cidade obtidas pelo satélite RapidEye, fornecidas pelo Ministério do Meio Ambiente, e dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), uma pesquisa longitudinal desenvolvida por instituições de ensino e pesquisa do país, incluindo a UFMG. Os resultados estão em artigo publicado no periódico Health and Place e fazem parte do doutorado de Luciene, orientado pelas professoras do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina, Luana Giatti e Sandhi Maria Barreto.

ELSA-Brasil

O ELSA-Brasil é a maior pesquisa latino-americana sobre o desenvolvimento de doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares, câncer e doenças metabólicas (obesidade, diabetes, dislipidemia, etc), entre outras. Além de fomentar o desenvolvimento de novas investigações, o estudo visa subsidiar a adequação de políticas públicas de saúde às necessidades nacionais.

Leia a matéria completa no site da Faculdade de Medicina da UFMG.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG