Pesquisa da UFMG e Puc Minas estudam grupos de WhatsApp e detectam predominância de debates políticos

Pesquisas da UFMG, em conjunto com a PUC Minas, vêm estudando grupos públicos do WhatsApp e as análises detectam a predominância do debate acerca de temas políticos relacionados à direita e a dominância de alguns usuários na postagem massiva de conteúdo.

Um primeiro estudo foi realizado levando em conta os grupos no Brasil, na Índia e na Indonésia, países com mais usuários do aplicativo. Os pesquisadores observaram os tópicos das mensagens de texto e os títulos de vídeos do Youtube compartilhados. No Brasil o tema política foi o mais frequente. Segundo, Josemar Alves Caetano, doutorando em Ciência da Computação na UFMG e um dos autores do estudo, "as mensagens de texto eram ligadas à política, tanto do espectro da esquerda quanto da direita. As pessoas utilizavam muitas mensagens de texto com as palavras Lula, Dilma, golpe, impeachment, PT, Bolsonaro, e etc.". Caetano ressalta, ainda, um foco especial no debate envolvendo a direita. 

Em outra pesquisa foram comparados dois tipos de grupos públicos do WhatsApp: os políticos e os não políticos. As análises observaram as características tanto das mensagens quanto dos usuários e dos grupos em si. Os resultados concluíram que grupos políticos tendem a ser mais movimentados do que outros tipos. Gabriel Magno, doutorando em Ciência da Computação na UFMG e um dos autores da pesquisa, entretanto, chama atenção para a baixa entropia de tais grupos. Isso significa que, apesar da alta taxa de mensagens, o número de usuários que postam o conteúdo é baixo. A maioria das pessoas apenas observa, indicando a existência de usuários dominadores.

Portal UFMG

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Assessoria de Imprensa da UFMG

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