Pesquisa da UFMG em bactéria causadora de mortalidade em tilápias recebe menção honrosa da Capes

Com pesquisa que analisou o perfil das proteínas e RNA de bactéria Streptococcus agalactiae (GBS), causadora de mortalidade em tilápias e peixes nativos em diferentes condições, o professor Guilherme Campos Tavares, do curso de Aquacultura da UFMG, recebeu uma menção honrosa no Prêmio Capes na área de Medicina Veterinária. O estudo buscou identificar proteínas utilizáveis em estudos que desenvolvam, futuramente, uma vacina contra a bactéria.

O estudo foi composto por dois experimentos. No primeiro, foram pegos cinco isolados da bactéria, sendo três de tilápias de diferentes padrões genéticos, um isolado de peixe nativo e outro de um ser humano. "Conseguimos mostrar que a expressão de proteínas entre as amostras tende a ser conservado, tendo pouca variação em isolados específicos", explica Guilherme Tavares sobre o resultado. Quando os isolados de peixe foram comparados com o de humano, foi mostrado que as bactérias de peixes se diferenciaram. Essa alteração faz elas sobrevivem mais quando estão em um ambiente aquático sem infectar ninguém.

No segundo experimento, foram comparadas as alterações que a bactéria sofre em temperatura alta (32ºC) e baixa (22ºC). A expressão de RNA e proteínas foi similar, só que, nas relacionadas a metabolismo, a expressão foi maior em temperaturas mais altas. "Pode ser que a expressão dessas proteínas e RNA esteja relacionada com a capacidade de causar maior mortalidade em temperaturas elevadas", comenta o professor. Proteínas que causam a mortalidade foram encontradas nas duas temperaturas, só que, à 32ºc, o resultado foi menor do que o esperado, tendo em vista que a bactéria, em temperaturas elevadas, mata mais peixes.

"Eu fiquei surpreso em relação ao prêmio da Capes (...). Os trabalhos relacionados aos organismos aquáticos quase não têm muita importância nas premiações", afirma Guilherme Tavares. O professor ressalta que a Escola de Veterinária da UFMG vem desenvolvendo bons trabalhos na área de pesquisa. Segundo o pesquisador, “para os alunos que realmente querem trabalhar com pesquisa e veem seu trabalho como algo que possa trazer contribuições para a sociedade, que investem e tentem executá-lo, [o prêmio] mostra que o que estão fazendo está dando certo”.

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