Pesquisa UFMG: 36% da população LGBTQI relata episódios semanais de discriminação em estudo nacional

Análises da Faculdade de Medicina UFMG, em parceria com UFRJ, abordam primeiros resultados de dados colhidos durante a pandemia de covid-19

O Inquérito Nacional de Saúde LGBTQI, pesquisa feita em parceria da Faculdade de Medicina da UFMG e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), divulga seus primeiros resultados. Os pesquisadores destacam que 36% dos participantes relatam episódios semanais de discriminação, sendo que 11% ocorreram dentro de serviços de saúde ou por profissionais de saúde.

Os primeiros resultados trazem dados referentes ao período da pandemia de covid-19, coletados até 30 de novembro de 2020. O questionário foi respondido por 976 pessoas da população LGBTQI. O objetivo do Inquérito é identificar os determinantes que impactam essa população, visando melhorar o atendimento dos serviços de saúde. Foram coletadas informações sociodemográficas, de sexualidade, violência e discriminação, além de condições e comportamentos em saúde, relacionados ou não à covid-19.

Outro destaque foi a prevalência de diagnósticos médicos de depressão. Enquanto na população brasileira em geral esse quadro afeta 10% dos adultos (segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo IBGE em 2019), o Inquérito Nacional de Saúde LGBTQI encontrou 25% de relatos de diagnóstico entre esse grupo. Também foi identificado maior consumo de álcool e cigarros entre o público estudado do que a população em geral. Durante a pandemia, houve aumento no consumo de bebida por 17% das pessoas, enquanto o de cigarro aumentou 6%.

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Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

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