Pesquisador da UFMG participa de debate sobre Clube da Esquina

Em 2017, “Travessia”, de Milton Nascimento, completa 50 anos e o disco “Clube da Esquina” 45 anos. Os impactos dessas duas obras, entre outros temas ligados a trajetória do Clube da Esquina serão discutidos, no dia 19 de outubro, às 19h30, pelo doutorando em História pela UFMG Bruno Viveiros e pela jornalista Simone Crisóstomo no evento Quinta BandNews Fnac apresenta Clube da Esquina - músicas e esquinas. O debate antecede a inauguração da exposição Canção Amiga – Clube da Esquina realizada pelo Centro de Referência da Música de Minas (CRMM/UFMG) no Conservatório de Música da UFMG em novembro.

Bruno Viveiros é historiador e autor do livro "Som Imaginário: a reinvenção da cidade nas canções do Clube da Esquina", da Editora UFMG. Simone Crisóstomo é jornalista e colunista de cultura da Rádio Band News BH.

Em 1967, Milton Nascimento ofereceu a Fernando Brant, então estudante da UFMG, uma melodia e um tema: a vida de um caixeiro-viajante em meio a estradas e cidades, sonhos e caminhos, sem saber que essa seria também a sua própria história. A primeira parceria composta pela dupla foi “Travessia”, segundo lugar no Festival Internacional da Canção da Rede Globo. Nesse mesmo ano, o Brasil passou a conhecer Milton Nascimento. A premiação obtida no Festival garantiu ao cantor a gravação de seu primeiro disco solo.

Nas esquinas de Belo Horizonte, o artista fundou com os amigos Márcio Borges, Fernando Brant, Wagner Tiso, Ronaldo Bastos, Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Tavinho Moura, Murilo Antunes, Nelson Ângelo, Novelli, Tavito, Nivaldo Ornelas, Robertinho Silva, entre outros, o Clube da Esquina. Lugar de encontro, a cidade foi o ponto de partida para a criação de uma nova musicalidade. Congregado pela voz de Milton Nascimento, o Clube da Esquina transformou a capital mineira em uma “esquina sonora”, que se configura como um espaço do diálogo, da descoberta de novas referências, influências e amizades. Entre os anos 1960 e 1970, o Clube da Esquina constituiu uma cena sonora repleta de originalidade e imaginação cujo melhor retrato talvez seja o disco Clube da Esquina.

Cinco anos mais tarde, em 1972, o LP assinado por Milton Nascimento e Lô Borges, contou com a participação maciça do grupo de compositores e pode ser considerado como a consolidação das inovações musicais criadas pelo grupo.  A multiplicidade sonora e a diversidade cultural, características presentes no disco, são resultantes da energia coletiva e do espírito gregário característicos do Clube da Esquina. Devido a sua ousadia musical, variedade rítmica e experimentação, essa obra é tida pela crítica especializada como um dos marcos divisores da indústria fonográfica brasileira do século XX. 

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Pesquisador da UFMG participa de debate sobre Clube da Esquina

19 de outubro

19h30

Fnac do BH Shopping - Rodovia BR 356, 3049 - Belo Horizonte