Pesquisadora da Ciências da Reabilitação UFMG analisa lesões em atletas paralímpicos

Estudo, que será publicado em periódico de relevância internacional, também contribuirá com o desenvolvimento das atividades do Centro de Treinam

A fisioterapeuta do Centro de Referência Paralímpico - Centro de Treinamento Esportivo (CTE) e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação da UFMG, Larissa Pinheiro, teve artigo aprovado para publicação no periódico British Journal of Sports Medicine. O BJSM é o periódico de maior fator de impacto e de maior prestígio na área da Ciência do Esporte e Atividade Física e Saúde do mundo. A previsão é que o artigo seja publicado em um prazo de, aproximadamente, um mês.

Para além da relevância na publicação do estudo, a coordenadora do Projeto Paraolímpico de Alto Rendimento do CTE, Andressa Mello, aponta para a aplicabilidade do estudo no Centro. Isso porque “ajuda a nortear o atendimento dos atletas paralímpicos e também a montar protocolos de prevenção adequados e embasados na literatura especializada”, destaca. 

O artigo

Intitulado Prevalence and incidence of injuries in para athletes: a systematic review with meta-analysis and GRADE recommendations, o artigo aborda a prevalência, incidência e o perfil de lesões musculoesqueléticas em paratletas.

Para a produção do trabalho, a doutoranda realizou uma revisão sistemática com metanálise (método estatístico para agregar os resultados de dois ou mais estudos independentes, sobre uma mesma questão de pesquisa) de estudos já publicados, que avaliaram a prevalência e incidência de lesões esportivas nos paratletas. 

“Essa revisão me permitiu aprofundar no que a literatura científica aborda sobre lesões musculoesqueléticas em atletas com deficiência, desde questões simples, como a definição de lesão, a caracterização das lesões nesses atletas nas diferentes modalidades esportivas, e até mesmo questões mais práticas, de acompanhamento e registro de dados que já estão sendo implementados com os atletas do projeto paralímpico do CTE”, afirmou a pesquisadora Larissa Pinheiro, que também é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação na UFMG.

Entre os resultados apontados pelo trabalho está uma maior prevalência em paratletas (as lesões foram mais prevalentes no ombro em para atletas que não deambulam, e nos membros inferiores em para atletas que deambulam). 

O artigo ainda destaca o fato de que “a heterogeneidade no paradesporto aumenta a inconsistência de informações sobre a prevalência e incidência de lesões musculoesqueléticas em para atletas”.

Larissa é orientada, no Programa de Pós em Ciências da Reabilitação, pelo professor Renan Resende, que também é pesquisador do CRPB-CTE. O professor aponta que o trabalho “contribuirá para o desenvolvimento, implementação e testagem de estratégias de prevenção das lesões mais comuns em atletas paralímpicos, as quais poderão reduzir o impacto dessas lesões na participação e desempenho desses atletas em suas respectivas modalidades”, finaliza.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG

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