Pesquisadora da UFMG desenvolve embalagem que retarda o escurecimento de frutas

Produto, desenvolvido na Faculdade de Farmácia, é mais sustentável que plásticos tradicionais e aumenta a vida útil de maçãs e peras

Uma embalagem desenvolvida na Faculdade de Farmácia da UFMG consegue retardar significativamente o escurecimento de frutas, como peras e maçãs, evitando o fenômeno chamado como escurecimento enzimático. O produto, que pode aumentar a vida útil dos alimentos e diminuir o desperdício, foi criado pela pesquisadora Andréia Handa Suzuki, sob a orientação das professoras Adriana Silva França e Camila Fante. 

A busca pela fórmula ideal para a embalagem atravessou o mestrado e doutorado, que foram realizados pela pesquisadora junto ao Programa de Pós-graduação em Ciência de Alimentos. Após fazer uma série de testes, a pesquisadora conseguiu desenvolver um produto que combina filme de PVC, como os que utilizamos na cozinha de casa, óleo de soja de resíduo de frituras e antioxidantes naturais, mais precisamente vitamina C, vitamina E e ácido cítrico. 

Segundo Andréia Suzuki, estudos anteriores já tinham mostrado a eficácia desses antioxidantes para reduzir o escurecimento das frutas, mas a novidade do seu trabalho é a introdução desses produtos diretamente na embalagem. Os testes conduzidos pela pesquisadora mostraram que os filmes com ácido cítrico, por exemplo, reduziram em 26,5% o escurecimento de peras em temperatura ambiente e 38,4% sob refrigeração.  

A pesquisadora também destaca que outra vantagem dos filmes que ela desenvolveu é que, apesar de ainda utilizarem plástico na sua composição, eles são mais naturais que os produtos disponíveis atualmente no mercado.  

Saiba mais no novo episódio do Aqui tem ciência, da Rádio UFMG Educativa.

Raio-x da pesquisa

Tese: Desenvolvimento, caracterização e avaliação da ação de filmes de PVC contendo antioxidantes no escurecimento enzimático de frutas

O que é: Pesquisa que criou embalagem com aditivos sustentáveis e naturais para diminuir o escurecimento e aumentar a vida útil de frutas.

Pesquisadora: Andréia Handa Suzuki

Programa de Pós-graduação: Ciência de alimentos

Orientadora: Adriana Silva França

Coorientadora: Camila Fante

Financiamento: Capes

O episódio 81 do programa Aqui tem ciência, apresentado por Beatriz Kalil, foi produzido por Paula Alkmim e contou com trabalhos técnicos de Breno Rodrigues. O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da emissora apresenta os resultados de um trabalho de pesquisa da Universidade.

Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast, como o Spotify, e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas-feiras, às 11h, com reprises às quartas-feiras, às 14h30, e às sextas-feiras, às 20h. 

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG

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