Pesquisadoras da UFMG mostram aumento da violência contra a mulher durante a pandemia de covid-19

Pandemia agrava os casos, mas não é o único fator

No ano de 2020, a presença constante dos agressores dentro de casa se tornou um segundo desafio para diversas mulheres em todo o país. No período as denúncias dos casos de violência contra a mulher no 190 e no Disque 100 aumentaram. Em reportagem especial da TV UFMG, pesquisadoras da Clínica dos Direitos Humanos e do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher da UFMG falam sobre as características dessa violência, suas causas e consequências e também as ações que devem ser tomadas para a sua erradicação.

“Normalmente elas [as violências] não ocorrem de forma isolada. Elas ocorrem, por exemplo, a violência psicológica com a violência física, a violência sexual. O que torna ainda mais difícil o entendimento das próprias mulheres na situação”, explica Luciana Andrade, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher. “O auge desse ciclo a gente tende a considerar o feminicídio”.

Andressa Martins, advogada orientadora da Clínica dos Direitos Humanos UFMG, destaca a Convenção sobre a Eliminação da Discriminação contra a Mulher como um importante instrumento na garantia da perspectiva de gênero e dos direitos humanos femininos. A Convenção foi promulgada em 1979 pela Organização das Nações Unidas e ratificada em 1984 pelo Brasil. Segundo a advogada, ela foi essencial para romper com a visão pretensamente universalista dos direitos do homem, antes colocados como neutros em relação a sexo e gênero.

Assista ao vídeo da reportagem especial da TV UFMG:

Assessoria de Imprensa UFMG

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