Pesquisadores da UFMG criam aplicativo para auxiliar homens com incontinência urinária associada a câncer de próstata

Com o objetivo de apoiar e auxiliar no tratamento de homens que apresentam incontinência urinária (IU) após a cirurgia de prostatectomia radical, principal tratamento para o câncer de próstata localizado, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) criaram o aplicativo IUProst®. A criação promove a melhoria da qualidade de vida e facilita o acesso a informações para a promoção do autocuidado relacionado ao controle da IU. No momento, o aplicativo está disponível para o sistema operacional Android (pode ser baixado por meio do Google Play), e em perspectivas futuras, o acesso será disponibilizado também para o sistema operacional IOS.

O aplicativo foi desenvolvido durante pesquisa de mestrado da enfermeira Fabrícia Eduarda Baia Estevam, no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFMG, sob orientação da professora Luciana Regina Ferreira Pereira da Mata da EEUFMG e coorientação do professor Sérgio Teixeira de Carvalho, do Instituto de Informática da UFG. “Com o IUProst® é possível realizar exercícios da musculatura pélvica, ficar por dentro de informações sobre a cirurgia, assistir a relatos de homens que realizaram o tratamento com sucesso, assistir a vídeos explicativos sobre como fazer os exercícios corretamente e a reconhecer hábitos de vida saudáveis que auxiliam no controle da IU”, explica Luciana da Mata.

A professora enfatiza que o uso dessa ferramenta permite que o usuário tenha acesso sem limitação de tempo e espaço a orientações de autocuidado e de autoconhecimento sobre a sua condição de saúde relacionada à IU, além de permitir o contato com profissionais de saúde. “O IUProst® é uma ferramenta tecnológica pensada e desenvolvida por pesquisadores para ser uma estratégia adicional ao tratamento. Ressalta-se que o aplicativo não substitui o atendimento por profissionais especialistas, nem mesmo a necessidade de encontros presenciais indispensáveis para auxílio no reconhecimento da musculatura pélvica e no monitoramento da evolução do paciente e doença. Ademais, destaca-se a importância do acompanhamento do paciente, incluindo a sua avaliação presencial pelo profissional durante o tratamento da IUPPR”, acrescenta.

Prêmio internacional

A pesquisa recebeu o Prêmio de Inovação em Engenharia Biomédica para o SUS, da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica e a Boston Scientific, promovido com o apoio do Ministério da Saúde, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. O objetivo é reconhecer e premiar trabalhos técnico-científicos na área da Engenharia Biomédica, com temática relacionada a soluções para o sistema público de saúde, propondo soluções práticas para os problemas enfrentados pelo Sistema Único de Saúde. Foram 192 trabalhos inscritos de 13 países. A pesquisadora Fabrícia Estevam receberá o prêmio na Costa Rica em solenidade que será realizada no dia 11 de novembro.

Texto com informações da Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da UFMG