Pesquisadores da UFMG desenvolvem plano para saneamento de cidades mineiras

Iniciativa engloba plataforma destinada à divulgação de informações

Assegurado pela Constituição Federal, o acesso ao saneamento básico é um direito ausente na vida de milhões de brasileiros. A falta de água potável e de tratamento de esgoto pode acarretar inúmeros prejuízos à saúde humana. Pesquisadores da Escola de Engenharia da UFMG desenvolveram um conjunto de metodologias para planejamento do saneamento de municípios, reunidas no projeto Sanbas.

De acordo com a professora Uende Gomes, do Programa de Pós-graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos da UFMG, o objetivo é democratizar o acesso à informação referente a saneamento com base em dados do IBGE abertos para consulta pública, mas de difícil manejo por parte das administrações municipais. "A divulgação de informações referentes ao saneamento contribui para alertar a sociedade para os problemas ligados à falta do serviço", afirma Uende.

A iniciativa prevê a criação de planos municipais de saneamento básico (PMSB) em 30 cidades mineiras com população de até 50 mil habitantes. A expectativa é que cada PMSB possa contribuir para prevenção de doenças, proteção e promoção da saúde da população, preservação do meio ambiente e desenvolvimento social.

Infosanbas

O projeto Sanbas também desenvolve a plataforma Infosanbas, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a Cooperativa Educação, Informação e Trabalho para Autogestão (Eita), a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) e o grupo de pesquisa em Políticas Públicas e Direitos Humanos em Saúde e Saneamento do Centro René Rachou (Fiocruz Minas). 

De forma colaborativa, a plataforma favorece a criação de mapas, gráficos e outras representações visuais com a finalidade de fomentar o planejamento e a execução de programas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, destinação de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais no Brasil.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, 46,8% da população brasileira não têm acesso à coleta de esgoto, e cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso a água tratada.

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG