Professor da UFMG lança livro e abre exposição que celebram a arte de Raimundo Canavarro

Pouco conhecido, artista amazonense tem obra estudada por pesquisador da UFMG

O diretor de Ação Cultural da UFMG e professor da Escola de Belas Artes, Rodrigo Vivas, lança no dia 9 de outubro, às 19h30, o livro Arte como vocação: Raimundo Coutinho Canavarro. O lançamento acontece no Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 – Centro), juntamente com a abertura da exposição homônima.

O livro analisa a trajetória artística do pouco conhecido pintor amazonense, Raimundo Coutinho Canavarro (1934-2013), que produziu grande parte da sua obra em Porto Velho (Rondônia). Baseadas em dois anos de pesquisa, que incluiu levantamentos iconográficos e entrevistas, as 205 páginas do livro abordam a construção de um imaginário amazônico, a partir do olhar de Canavarro.

Um dos grandes desafios enfrentados por Vivas foi resgatar a produção de um artista que se dedicou a produzir mesmo com formas precárias de reconhecimento, recursos materiais e de um circuito artístico estruturado. “Esse novo estudo apresenta a vitalidade plástico-artística até então oculta, e a construção velada de uma visualidade amazônica por Raimundo, que viveu a experiência de uma Arte como Vocação”, afirma.

Esse é o quarto livro lançado pelo o pesquisador, que se dedica à História da Arte. Nos dois primeiros livros - Por uma história da arte em Belo Horizonte: artistas, exposições e salões de arte (2012) e no Abstrações em movimento: concretismo, neoconcretismo e tachismo (2016) -, Vivas analisou obras artísticas pertencentes aos Museus Públicos de Arte da capital mineira. No ano de 2018 dividiu a autoria do livro Arte de Perto, que foi adotado nas escolas do ensino médio do Brasil.

Domínio da paisagem

A exposição Arte como vocação: Raimundo Coutinho Canavarro inaugura no mesmo dia, reunindo 22 telas de Canavarro. Com curadoria de Rodrigo Vivas, as obras estão sendo exibidas pela primeira vez em Belo Horizonte, no Centro Cultural UFMG.

No amplo espaço expositivo, os visitantes poderão circular por telas que representam paisagens do cenário amazônico, objeto central em toda a produção do artista. Natural da pequena cidade de Manaquiri (AM), Raimundo foi criado em meio à uma natureza rica e diversificada, que serviram de inspiração para as suas mais de mil obras.

Retratadas com riqueza de observação e ao mesmo tempo com “intensa sensibilidade cromática”, a reprodução pura e fria da realidade não prevalece em Canavarro. O artista brinca com as perspectivas e cores em suas composições, revelando “cenários inimagináveis”, segundo o professor Rodrigo Vivas. Ao analisar a produção de Raimundo - que também foi pescador, caçador, produtor de farinha, marceneiro, entre outras ocupações -, observa-se uma outra abordagem ao conceito de paisagem, na qual ela figura como objeto próprio da obra, em vez de apenas cenário para outros temas e narrativas.

Assessoria de Imprensa da UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa da UFMG

Serviço

Professor da UFMG lança livro e abre exposição que celebram a arte de Raimundo Canavarro

Dia 9 de outubro de 2018

19h30

Centro Cultural UFMG - Av. Santos Dumont, 174, Centro - Belo Horizonte