Professores da UFMG comentam impulso de 'preprints' na pandemia

Para especialistas, a publicação de estudos sem revisão de conteúdo gera implicações e deve ser vista com cautela

Nos últimos meses, resultados de várias pesquisas circulam pela internet com informações ou descobertas inéditas relacionadas ao novo coronavírus. Parte desses trabalhos, que tem alimentado a imprensa e até os grupos de WhatsApp, recebe o nome de preprints e ainda não foi publicada em periódicos científicos, mas já leva uma série de resultados ao público em velocidade sem precedentes na história da ciência. Os preprints ou pré-publicações são como manuscritos de uma pesquisa. Eles recebem esse nome porque ainda não passaram pela rigorosa avaliação feita por outros especialistas, à qual se submetem os artigos tradicionais. 

As vantagens e desvantagens dos preprints são debatidas no novo episódio do programa Outra estação, da Rádio UFMG Educativa. O professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG Vasco Azevedo, que publicou em março deste ano um preprint em que avaliava como o controle sanitário nos aeroportos poderia ter diminuído o avanço da pandemia no Brasil, conta por que escolheu esse modelo para a divulgação do seu estudo logo no início da pandemia. 

O professor do Departamento de Sociologia da UFMG Yurij Castelfranchi, que também é coordenador da Especialização em Comunicação Pública da Ciência da UFMG, aborda os perigos que o formato acarreta em uma época de fake news. Para ele, diante de um cenário no qual a disseminação de curas milagrosas e de informações distorcidas sobre o coronavírus prolifera, os preprints, quando mal utilizados, mais podem atrapalhar do que ajudar.

Saiba mais na entrevista realizada pela Rádio UFMG Educativa.

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG