Professores da UFMG comentam sub-representatividade de minorias na política

Fenômeno é analisado por especialistas da Ciência Política; em 2016, número de mulheres e negros eleitos foi significativamente menor do que o de

A política brasileira é dominada pela maioria masculina branca e caracterizada pela pequena representatividade da comunidade LGBTQIA+, de negros e mulheres. Apesar da cota de gênero, que assegura que ao menos 30% das candidaturas sejam de mulheres, o número de eleitas é muito menor. 

Nas últimas eleições municipais, em 2016, mulheres respondiam por 31,9% das candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Abertas as urnas, elas representavam apenas 13,4% dos vencedores. A proporção de negros também sofre queda após os resultados das eleições: de 8,64% do total de candidaturas registradas para 4,57% do total de eleitos, ainda segundo dados do TSE. Professores da UFMG explicam os motivos dessa redução.

"Candidatos negros recebem significativamente menos recursos do que candidatos brancos, e isso afeta sua competitividade eleitoral", explica Cristiano Rodrigues, docente do Departamento de Ciência Política da UFMG. Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (Nepem), observa problemas semelhantes nas candidaturas femininas. Segundo a professora, ainda nas eleições de 2020 muitas mulheres têm reclamado da dificuldade de acessar os recursos de financiamento de campanhas.

Saiba mais sobre o assunto em vídeo produzido pela TV UFMG (equipe: João Ameno – produção; Marcia Botelho - edição de imagens; Jessika Viveiros - edição de conteúdo).

Assessoria de Imprensa UFMG

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