Restrições da pandemia afetam diagnóstico e assistência a portadores de HIV, alerta professora da UFMG

Docente da Escola de Enfermagem fala em possível aumento de casos

Prevenção, diagnóstico precoce, oferta de medicamentos e acompanhamento sistemático são a combinação adequada para o controle do vírus HIV. No entanto, as restrições impostas pela crise do novo coronavírus podem levar ao aumento do número de casos de aids, seja pela diminuição da testagem, seja pela descontinuação dos atendimentos. 

O alerta é feito pela professora Vânia de Souza, da Escola de Enfermagem da UFMG e pesquisadora em Saúde Coletiva, em entrevista concedida à TV UFMG (equipe: Daniel Mendes – produção; Otávio Zonatto - edição de imagens;  Renata Valentim - edição de conteúdo). A suspensão do tratamento de pacientes com HIV com carga viral não detectável também pode acarretar aumento de concentração do vírus e levar à manifestação da aids, deixando a população mais exposta.

Com o atendimento sistemático aos portadores do vírus, pretende-se obter um diagnóstico o mais precoce possível para possibilitar a manutenção de uma carga viral baixa. “Dessa forma, o portador tem boa qualidade de vida, não necessita de hospitalização e, às vezes, não precisa sequer de medicamento”, ressalta Vânia.

Na avaliação da professora, a pandemia agravou um problema causado sobretudo pela ausência de conhecimento amplo da população em relação aos serviços de atendimento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ela defende a realização de campanhas informativas e ampliação dos serviços, não apenas para HIV e aids, como para outras infecções sexualmente transmissíveis.

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG