Seminário na UFMG discute relação entre saúde, ambiente e trabalho na mineração
Evento na Faculdade de Medicina da UFMG reunirá acadêmicos, parlamentares, representantes sindicais e de órgãos trabalhistas e lideranças sociais
O Projeto Manuelzão e o Observatório da Saúde do Trabalhador (Osat) da Faculdade de Medicina da UFMG realizarão, na próxima quinta-feira, 28, o seminário “Saúde, Ambiente e Trabalho na Mineração”. A programação é composta por conferência, mesas redondas, debates e lançamento do livro digital Após a Lama, o Rio. O objetivo do evento é proporcionar um espaço para acadêmicos, parlamentares, representantes sindicais e de órgãos trabalhistas, lideranças sociais e público analisarem o quadro atual da atividade minerária em Minas Gerais e apresentarem proposições relativas ao assunto.
Professor da Faculdade de Medicina da UFMG e coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus Vinícius Polignano explica que um dos objetivos do evento é que profissionais de saúde e da saúde do trabalhador se insiram nas discussões sobre a mineração. "Fizemos um recorte propondo que a academia se engaje nesse debate e também que os serviços de saúde, especialmente dos trabalhadores de mineração, entendam os impactos da atividade e aperfeiçoem sua atuação e compreensão crítica da temática".
A conferência de abertura, às 9h, intitulada "'Novas' fronteiras de acumulação extrativista em MG: violências e resistências" será proferida por Daniel Neri, professor do Instituto Federal de Minas Gerais em Ouro Preto e integrante da Frente Mineira de Luta das Atingidas e dos Atingidos pela Mineração (FLAMa-MG).
Ao longo do dia, haverá mesas-redondas sobre "Saúde e Mineração: entre dores, lutas e esperanças", "Ambiente e Mineração: crimes ambientais nos rios Doce e Paraopeba" e "Trabalho e Mineração: empoderamento social". Todas as mesas serão seguidas por debates em plenária. A ideia é que ambientalistas, estudantes, acadêmicos, trabalhadores, sindicalizados, profissionais da saúde e do cuidado, militantes, pessoas atingidas e todos que convivem e acompanham o cenário da mineração possam compartilhar testemunhos, impressões e trocar conhecimento acerca do assunto.
Ao final do seminário, às 17h30, será lançado o livro digital Após a Lama, o Rio: diagnóstico socioambiental do Baixo Paraopeba, reservatório de Três Marias e comunidades atingidas do Rio São Francisco, organizado por Carla Wstane, Mônica Campos e Paula Constante.
Detalhes da programação e o formulário de inscrição estão disponíveis neste link. Haverá emissão de certificado para os participantes.